Arte | Meer

15 mil dólares, é o preço de um espaço delimitado por “nada”. Garau, descreveu-a como “escultura imaterial para ser colocada numa casa particular dentro de um espaço livre e com dimensões variáveis”. Poderia pisar a obra todos os dias e jamais dar-me-ia conta... Talvez a explicação esteja nos livros de ciência que nunca consegui entender, e por vezes tinha dificuldade em sequer tentar. Um espaço aparentemente vazio, mas preenchido por energia e partículas, quiçá por nós mesmos

O preço do vento

A arte conquistou sentidos inéditos

Central Park em fotografia da série Day to Night, de Stephen Wilkes. Contemplar as imagens de Stephen Wilkes é, de certo modo, um exercício de reconciliação com o tempo. Ele nos convida a desacelerar, a perceber o que escapa ao olhar cotidiano e, principalmente, a celebrar a beleza do transitório. Em tempos tão acelerados, onde tudo se apaga rapidamente na tela do celular, sua fotografia parece um convite para nos demorarmos, para escutarmos as cidades, para reinventarmos nosso jeito de ver

Dia e Noite por Stephen Wilkes

A arte de dilatar o tempo em uma imagem única

Hoje, a ideia de que a inteligência artificial pode imitar a realidade e habilidades humanas gera sentimentos mistos de fascínio e desconforto, amplamente refletidos nas redes sociais. Apesar de sua sofisticação, textos que aparentam ser gerados por IA — como aqueles associados ao ChatGPT — são comumente vistos como medianos, desinteressantes ou pouco inspirados. No campo das artes visuais, os primeiros trabalhos criados a partir de prompts em sistemas como o Midjourney inicialmente despertaram fascinação pelo progresso tecnológico. Contudo, à medida que tais ferramentas se tornaram acessíveis a um público maior em questão de meses, a sensação de novidade rapidamente se dissipou, reduzindo essas produções a algo comum e ordinário

Arte algorítmica

A emergência da inteligência artificial no campo estético

Leake Street é um túnel rodoviário localizado sob a estação de Waterloo, em Londres, Reino Unido, no qual o grafiti é legal e ativamente incentivado. É conhecido como "O Túnel Banksy" pelo seu papel como ponto de encontro da arte urbana e pela intervenção do artista no festival "Cans", em 2008. Há arte que consegue superar barreiras criadas em épocas de repressão, desafiando até mesmo conceitos éticos que continuam indefinidos, apesar dos esforços para compreendê-los

Banksy, o fantasma de Bristol

O seu palco é o mundo, a sua tela são as ruas, as paredes, o chão, as janelas

Robô pintor. No contexto brasileiro, onde a diversidade cultural é uma das maiores riquezas do país, o impacto da IA abre um novo leque de possibilidades — mas também impõe desafios significativos, como a preservação das identidades culturais, a equidade de acesso e as implicações éticas da automação

A arte ainda é humana?

O impacto da inteligência artificial na cultura brasileira

O Spill Art, que pode ser traduzido como "arte do derramamento", tem como base a experimentação com fluidos, permitindo que manchas e borrões guiem a criação artística. Essa técnica surgiu no contexto das vanguardas abstratas, inspirada em parte pelo expressionismo abstrato, movimento que teve figuras icônicas como Jackson Pollock, famoso por suas pinturas de gotejamento (drip painting)

Spill art, a pintura com café e aquarela

A arte do acaso

José Guízar é um designer gráfico e diretor de arte que nasceu no México, mas escolheu Nova Iorque como lar. Movido por uma curiosidade insaciável e pelo desejo constante de aprender, ele encontrou inspiração no que muitos de nós ignoramos diariamente: as janelas da cidade. O projeto nasceu em 2013 como um exercício pessoal de observação e criatividade, transformando janelas aparentemente comuns em ilustrações vibrantes, detalhadas e cheias de significado

O projeto Windows of New York, de José Guízar

Encontrando a beleza dos detalhes

Colagem de fotografias dos membros do Grupo dos Cinco, da esquerda para direita: Menotti del Picchia, Tarsila do Amaral, Mário de Andrade, Anita Malfatti e Oswald de Andrade. A chamada Caravana Modernista era composta pelo escritor Mário de Andrade, o poeta Oswald de Andrade e seu filho Nonê, a pintora Tarsila do Amaral, o poeta franco-suíço Blaise Cendrars, os mecenas Paulo Prado e Olívia Guedes Penteado e o escritor e político Godofredo Rangel. A jornada, além de um exercício de descoberta, consolidaria uma identidade artística nacional autêntica, inspirando novas formas de expressão na literatura e nas artes visuais. Mais do que uma viagem, a Caravana Modernista foi um rito de passagem e um mergulho na essência de um Brasil que aprendia a se reconhecer

Entre história e arte

A caravana modernista em Minas Gerais

Em 14 de dezembro de 1990, as Pinturas Murais de Eugênio de Proença Sigaud foram reconhecidas como Patrimônio Cultural pelo Estado do Paraná. Com aproximadamente 600m², os painéis artísticos pintados a óleo entre 1954 e 1957 no interior da Igreja de Nossa Senhora da Imaculada Conceição se destacam pelo seu valor artístico excepcional. Bem, isso é um pouco da história da escrita da tese intitulada “Arte para ser vista e admirada: a pintura mural de Eugênio de Proença Sigaud, a partir da catedral de Jacarezinho, Paraná” e da trajetória que possibilitou a minha entrada na Universidade Estadual Paulista, como professora efetiva

Conversa com Luciana de Fátima Marinho Evangelista

Conexões entre a História e a Arte

Land.Fill, de Gabriela Albergaria. Por sua vez, a reconfiguração do antropoceno ameaçado pelas crises climáticas, consubstancia uma condição própria do tempo presente que se estende invariavelmente ao coletivo, enquanto consequência de uma inércia infalível do tempo

A arte como consciência social

Explorando o papel do artista na construção de uma consciência crítica e na relação entre estética, política e ecologia

Ilustração de Christophe Chabouté, quadrinista francês. No livro "Museu", ele concatena várias histórias que se desenvolvem no espaço do Museu d'Orsay, em Paris. Parece simples o que se conta: à noite, os objetos de arte ganham vida, saem do lugar, conversam entre si e observam. No entanto, ao fazer isso, o quadrinista consegue captar, a partir do olhar do outro, traços importantes do ser humano, já que a visão afastada de seres feitos de pedras ou de tinta, tentando entender os visitantes do museu ou as pessoas que passam nas ruas próximas, acabam revelando o humano a nós mesmos

Uma história de Christophe Chabouté

Quadrinhos e arte

Esta escultura em tamanho real é um autorretrato. O artista olha para cima através de um buraco no chão. O cômodo abaixo parece ser um depósito, mas na verdade é o vestiário dos funcionários. Aqui Cattelan faz um jogo convincente com a realidade e a imitação, minando as expectativas do espectador

Maurizio Cattelan, comédia e provocação

As peças brilhantes, questionadoras, capazes de nos fazer pensar, duvidar, julgar

Pintura a óleo digital: Vigilância. Das redes sociais que mapeiam nossas interações até algoritmos que determinam o conteúdo que vemos, nosso dia a dia gera cada vez mais rastros. Os cookies, praticamente invisíveis, rastreiam cada clique, cada busca, moldando nossas experiências digitais e nossas escolhas no mundo físico. Sob a fachada de segurança ou da conveniência de uma “experiência mais personalizada”, o aumento da vigilância levanta questionamentos profundos

Surveillance art

A poética da vigilância no mundo contemporâneo

Atlas of Tomorrow é um mural da artista Candy Chang, que tem um componente cinético no qual o espectador pode girar a roda. Candy Chang é uma artista cujo trabalho explora a interseção entre o cívico e o sagrado por meio de instalações, vídeos e pinturas baseadas em confissões manuscritas do público. Com formação em arquitetura, design e planejamento urbano, iniciou sua trajetória no street art antes de direcionar sua arte para questões psicológicas, coletando testemunhos sobre desejo, medo e esperança

Candy Chang: Confessions

O projeto que transformou segredos em arte

Mulher reflexiva em meios aos arquivos. Então se o princípio de organização que parece dar sentido aos arquivos se dá pela gestão de informação

Arquivo como campo de reflexão na arte

A transformação do passado e do presente

O nascimento de Vênus, de Botticelli. Diante das obras de Michelangelo, Leonardo Da Vinci, Caravaggio, Boticcelli, Rafael e tantos outros, mergulhei em um universo bem particular. Enquanto o fluxo de turistas seguia seu ritmo frenético em busca de uma selfie, meus pensamentos se voltavam para dentro de mim, em um momento valioso de introspecção

O poder da arte na Itália

Percorrer as ruas de Florença, onde Leonardo Da Vinci caminhou, transportou-me para outras dimensões

Fotógrafo atrás de sua câmera. É incrível como as imagens nos ajudam a construir nossa identidade e a apreciar a jornada da vida e arrisco dizer que se não existisse a fotografia, a única maneira de guardar um momento vivido seria através das lembranças. Só que as lembranças se perdem, e esses registros capturam momentos, emoções intensas e pessoas queridas de uma forma tangível

A arte de capturar a vida através das lentes de Tom Robinson

Muito mais que fotos

Pedra pintada com a o slogan "vidas negras importam". Muitas obras vão além da estética e da técnica, tentando ao máximo provocar, questionar ou transmitir ideias complexas

A arte que nos questiona

Perante certas peças, os verdadeiros entendedores do assunto entendem, mas a arte não deveria ser de todos?

Ai-Da com o galerista Aidan Meller no Reino Unido, 2019. Há décadas, artistas programam algoritmos para criar imagens, sons e textos. Mas então, o que torna a obra de Ai-Da uma novidade? A novidade não está no seu processo criativo, mas no espetáculo cuidadosamente construído ao seu redor

O "caso Ai-Da": muito além da obra em si

A robô artista e o espetáculo midiático que transformaram um retrato de Turing em um evento de milhões

Jessica Wohl utiliza a arte como meio para capturar o invisível nas coisas simples. Inspirada na cultura doméstica e nos traumas e memórias que cada objeto carrega, ela nos convida a explorar a complexidade e a imperfeição da vida cotidiana, desafiando a visão superficial da felicidade e da perfeição

A arte intuitiva de Jessica Wohl

A artista multidisciplinar explora objetos domésticos como portais para memória crítica, social e o sonho americano em sua obra

Campo com flores perto de Arles, de Van Gogh. O pintor estava particularmente interessado na expressão visual das emoções e ideias através da natureza

Van Gogh: uma estrela colorida!

Conhecendo o que restou dos lugares que mais inspiraram o artista

Podemos concordar que a contemporaneidade desafia sentidos, formas e tradições, altera ritmos e desafia o conhecido

A Arte que nos questiona

A ambiguidade dos signos e a interpretação coletiva

Constantin Brancusi desafiou os limites da arte ao criar esculturas que questionavam as normas da época. Sua obra Bird in Space provocou um debate histórico sobre o que constitui uma verdadeira obra de arte

O caso Constantin Brancusi

A arte moderna no banco dos réus

A arte é uma forma de expressão espontânea e profunda que revela a essência do criador. Seja na pintura, música ou dança, a busca pela perfeição pode limitar a liberdade criativa, mas a verdadeira beleza está na autenticidade e no processo criativo

O criador e sua criatura

Reflita sobre a arte espontânea da criação

Retrato de August Heinrich Riedel, desenhado por Franz Xaver Winterhalter, Roma, 1834, Bibliotheca Hertziana

August Riedel: fotógrafo pioneiro no Brasil

História da fotografia

“Dropping a Han Dynasty Urn” de Ai Weiwei. Onde facilmente e com livre-arbítrio destrói objetos de valor sentimental e patrimonial ao seu país, objetos esses, com mais idade do que jamais a ciência nos poderá proporcionar

Um passado assombrado pela contemporaneidade

Provocação ou destruição da cultura?

As fotos de Katerina Plotnikova capturam o encontro entre a fragilidade humana e a grandiosidade da natureza com animais reais protagonizando cenas surreais

Katerina Plotnikova: fotografias surreais

Conheça o trabalho da fotógrafa que imagens remetem à leveza e ao sonho transportando-nos a um mundo etéreo

Museu. Como é bom podermos explicar uma das possíveis visões da arte, uma das possíveis intenções do artista, e um dos caminhos mais bonitos para o entendimento da nossa cultura

Mediação cultural: a arte de conectar espaços e mentes

Explorando o papel do mediador na construção de pontes entre arte, público e intenção artística

Roberto Nascimento, fotógrafo, professor e filósofo, encontra no cotidiano a essência de sua arte e reflexão sobre o mundo

Entrevista com Roberto D. S. Nascimento

Fotografia: o eu e o mundo

Corbiniano Lins, artista pernambucano, fundiu ciência e arte em suas obras, destacando a força feminina e o cotidiano nordestino. Sua trajetória, marcada por exposições e influências familiares, celebra o centenário com uma mostra no Recife. Foto de Eric Gomes para a Folha Pernambuco

Corbiniano: baluarte da sofisticação do designer da vida

Descubra como Corbiniano Lins uniu ciência e arte para criar suas obras icônicas e celebrar a força feminina

O designer e ilustrador Kyle Bean transforma materiais inusitados como papel, cascas de ovo e raspas de lápis em obras de arte que encantam pela precisão e pela criatividade. Suas peças exploram conceitos inteligentes e mensagens profundas

O encanto do minimalismo artístico de Kyle Bean

De cascas de ovo a raspas de lápis, talento e design misturados enchem os olhos e despertam curiosidade

Álbum de fotos feitas com uma câmera Polaroid mostra diferentes fases da captura de images pela humanidade

A jornada da fotografia na era da ubiquidade

Uma análise da transformação da captura de momentos

Descubra como museus em Paris, Barcelona e Medellín estão revolucionando a apreciação da arte ao promover visitas naturistas. Essas exposições incentivam uma conexão mais íntima com a arte e desafiam as convenções sociais sobre a nudez

Exposições de arte naturistas: uma experiência íntima

Museus ao redor do mundo abraçam o naturismo promovendo uma forma única de apreciar arte e desafiar tabus sociais

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Eventos em Arte

Sara Sallam, They placed the tiles afterwards, 2021–ongoing. Courtesy of Museum für Kunst und Gewerbe Hamburg

Reconsidering photography

31 out 2025 — 17 mai 2026 at the Museum für Kunst und Gewerbe Hamburg em Hamburgo, Alemanha

Isa Schieche, Filmstill essayfilm - Dirty care, 2024. Courtesy of Lentos Kunstmuseum

31 out 2025 — 6 abr 2026 at the Lentos Kunstmuseum em Linz, Áustria

Lehnert & Landrock, Sans titre, identifié comme « Dans le désert », 1904-1914. Courtesy of Photo Elysée

Revisiting a colonial archive

31 out 2025 — 1 fev 2026 at Photo Elysée em Lausana, Suíça

Grayson Perry, Lamentation from the vanity of small differences. Courtesy of Mudac

Times in tapestry

7 nov 2025 — 8 mar 2026 at the Mudac em Lausana, Suíça

Saul Steinberg, The museum [El museo] (detalle), 1972. Cortesía del Museo de Arte Abstracto Español

Saul Steinberg, artista

13 nov 2025 — 19 abr 2026 at Museo de Arte Abstracto Español em Cuenca, Espanha

Michaelina Wautier, Two girls as Saints Agnes and Dorothea. Courtesy of Musée des Beaux-Arts de Gand

7 mar — 31 mai 2026 at the Musée des Beaux-Arts de Gand em Gante, Bélgica

Pablo Picasso, Silenos con danzantes (detalle), 1933. Cortesía del Museo Nacional Thyssen-Bornemisza

Picasso y Klee en la colección de Heinz Berggruen

28 out 2025 — 1 fev 2026 at the Museo Thyssen-Bornemisza em Madrid, Espanha

Poulomi Basu, Radical light from Sisters of the moon, 2022. Courtesy of Fotomuseum Winterthur

25 out 2025 — 15 fev 2026 at the Fotomuseum Winterthur em Winterthur, Suíça

Tacita Dean, The story of Minke the whale, 2001, from The russian ending. Courtesy of Fotomuseum Winterthur

25 out 2025 — 15 fev 2026 at the Fotomuseum Winterthur em Winterthur, Suíça

Fragment of an embroidered carpet, Bactria, Xiongnu period, 3rd century BCE – 1st century CE. Courtesy of Museum Rietberg

Mongolia – a journey through time

24 out 2025 — 22 fev 2026 at the Museum Rietberg em Zurique, Suíça

Adolphe Neyt, Seascape (detail), 1881. Courtesy of FOMU

24 out 2025 — 1 mar 2026 at the FOMU Foto Museum em Antuérpia, Bélgica

Various artists, Concrete art / Neoconcretismo, exhibition view. Courtesy of Museum Haus Konstruktiv

Concrete art / Neoconcretismo

23 out 2025 — 11 jan 2026 at the Museum Haus Konstruktiv em Zurique, Suíça

Artur Lescher, Entangled fields – Zurich art prize 2025, exhibition view. Courtesy of Museum Haus Konstruktiv

Entangled fields – Zurich art prize 2025

23 out 2025 — 11 jan 2026 at the Museum Haus Konstruktiv em Zurique, Suíça

Michel Couturier, Est-ce là le centre ? (video-still), 2021. Courtesy of Centrale for contemporary art

La frichen la galaxie

22 out 2025 — 22 fev 2026 at the Centrale for contemporary art em Bruxelas, Bélgica

Jackson Pollock, Number 27 (detail), 1950. Courtesy of Museo Nacional Thyssen-Bornemisza

Warhol, Pollock and other American spaces

21 out 2025 — 25 jan 2026 at the Museo Thyssen-Bornemisza em Madrid, Espanha

Bridget Riley, Lilac painting 1 (detail), 1983 - 2007. Courtesy of Musée d’Orsay

Bridget Riley. Point de départ

21 out 2025 — 25 jan 2026 at the Musée d’Orsay em Paris, França

Olmo Erba, Putridarium. Courtesy of Putridarium Gallery

20 — 31 out 2025 at Amy-d Arte Spazio em Milão, Itália

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