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terça-feira, 2 de dezembro de 2025
Henri Giraud imita Coluche de macacão na primeira parte de seu espetáculo Tchao l'enfoiré, 2010. Os franceses mais que nunca anseiam tanto por "Le seul candidat qui n'a aucune raison de vous mentir!" quanto agora. Agora, mais e muito mais que em 1980-1981. O que voltou a irritar variadas colorações políticas estabelecidas. Mas, ao mesmo tempo, veio demonstrar que o momentum Coluche segue distante de terminar
Para muitos, o conjunto dessa intenção de não passava de provocação. Piada. Mais uma. Coisa de comediante. Um não-candidato. Que aproveitava o momento simplesmente para aumentar o seu prestígio
"Vou parar de fazer política quando os políticos pararem de nos fazer rir". Agora, mais de quarenta anos depois daquela sua quase-candidatura e diante da crise mais aguda da Quinta República Francesa, ele volta a inspirar. E com estilo. No conjunto dos protestos 10 de setembro de 2025. Que bloquearam o país após a demissão do sexto primeiro-ministro sob a presidência de Emmanuel Macron
Henri Giraud imita Coluche de macacão na primeira parte de seu espetáculo Tchao l'enfoiré, 2010. Coluche jamais ensejou ares providenciais como o general De Gaulle. Mas diante da crise atual francesa ele representa alguma esperança. Ou, ao menos, alguma razão para voltar-se a sorrir
Inesperadamente, no verão francês de 1980, às voltas do início da batalha pelas presidenciais do ano seguinte, o artista cômico mais afamado do país, Coluche, de nascença Michel Gérard Joseph Colucci (1944-1986), apresentou a sua intenção de candidatura ao cargo supremo da França ante os politicamente experientes e estabelecidos Valéry Giscard d’Estaing (1926-2020), Georges Marchais (1920-1997), Jacques Chirac (1932-2019) e François Mitterrand (1916-1996)

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