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sábado, 6 de dezembro de 2025
A leptospirose apresenta-se como uma enfermidade negligenciada e que afeta maioritariamente a população em situação de vulnerabilidade social. Seu controle requer políticas públicas integradas, com melhorias no saneamento, manejo de roedores e educação da população. A utilização de tecnologias espaciais pode auxiliar na priorização de áreas críticas e na redução da morbimortalidade associada à doença
A leptospirose é uma enfermidade infeciosa emergente que esta sendo negligenciada porem, afetando muitas pessoas anualmente ao redor do mundo (Ahmed, Grobusch, Klaster, & Hartskeerl, 2012). Embora possa ocorrer tanto em ambientes rurais quanto urbanos, nos últimos anos tem ganhado destaque nas cidades, particularmente em comunidades vulneráveis com infraestrutura insuficiente
A análise espacial tem-se mostrado uma ferramenta essencial para identificar áreas de risco e planejar intervenções eficazes. Este artigo apresenta uma emenda a respeito dos fatores ambientais relacionados a leptospirose, destacando a importância da vigilância epidemiológica com vista a deteção de hotspots de transmissão. Além disso, discute-se a aplicação de metodologias de classificação de risco por setor censitário, com base em estudos realizados em contextos urbanos brasileiros e moçambicanos. A abordagem integrada entre saúde humana, animal e ambiental (One Health) é fundamental para enfrentar essa doença negligenciada
A forma clínica da doença pode variar desde sintomas leves, como febre e dores musculares, até complicações graves, incluindo hepatite hemorrágica, insuficiência renal e síndrome pulmonar, com taxa de mortalidade que pode ultrapassar 70% em casos não tratados (Costa, et al., 2014). Além disso, a similitude clínica com outras arboviroses, como dengue e Zika, contribui para a subnotificação e diagnóstico tardio (Larocque, Luckai, & Riopel, 2005)
Sua transmissão está diretamente ligada à exposição ambiental à bactéria Leptospira spp, eliminada na urina de roedores infetados, especialmente Rattus norvegicus (Costa, et al., 2014). Fatores como chuvas intensas, enchentes, deficiência no saneamento básico, acúmulo de lixo e infestação de roedores potencializam o aumento da infeção

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