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segunda-feira, 29 de dezembro de 2025
E mesmo quando a rede funciona bem, há outros tipos de carências: acesso limitado a serviços de saúde especializados, falta de transportes públicos regulares e poucos espaços culturais ou de lazer. Para muitas famílias, especialmente com crianças, estas questões pesam tanto ou mais do que a qualidade de vida ou o custo da habitação
De repente, a ideia de viver numa aldeia com vista para a serra, rodeado de silêncio e ar puro, sem perder o emprego na cidade, passou a ser real. Menos filas de trânsito, mais qualidade de vida, casas a preços decentes e dinheiro a circular na economia local. Soa a sonho, não soa?
No papel, o teletrabalho parecia a solução perfeita para inverter o despovoamento: um programador em Penamacor, uma arquiteta em Trás-os-Montes ou um gestor na Beira Baixa, todos a trabalhar com equipas espalhadas por todo o mundo. A distância deixou de ser uma barreira
Além disso, o teletrabalho exige disciplina e, muitas vezes, isolamento. Para alguns, isso é sinónimo de liberdade — poder gerir horários, trabalhar em silêncio, aproveitar o tempo de outra forma. Mas para outros, é solidão. Passar dias inteiros a falar apenas com um ecrã, sem colegas para partilhar uma pausa para café, pode ser desgastante e até afetar a saúde mental
Os municípios não ficaram parados. Muitos perceberam rapidamente o potencial e começaram a criar espaços de *cowork* em antigas escolas primárias, por exemplo, edifícios que, durante anos, tinham sido símbolos do abandono. Investiram em fibra ótica, instalaram antenas e promoveram campanhas para atrair nómadas digitais

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