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sábado, 27 de dezembro de 2025
Estação de trem de Maputo. Vale, por isso, lembrar ao leitor que “não é ofício do poeta narrar o que aconteceu; é, sim, o de representar o que poderia acontecer, quer dizer: o que é possível segundo a verossimilhança e a necessidade”
Como que em defesa das nuances retro destacadas, o sujeito poético, na estrofe seguinte, metaforicamente, traz, por um lado, a figura dos governantes (representada por um adulto, alguém de idade superior) e, por outro, a do povo (representada por uma criança), cujo pão lhe é roubado e comido pelo seu superior (adulto)
Maputo, Moçambique. Apesar de esta música ter sido lançada na década de 2000, retratando a realidade de forma crítica e denunciando as estruturas de poder, a precariedade, a pobreza, a fome, opressão, entre outras realidades sociais de Moçambique do então, estas nuances são, até aos dias que correm, recorrentes, marcando assim a sua atemporalidade
Estação de trem de Maputo. Jeremias Nguenha (doravante JN) faleceu a 04 de Maio de 2007. É autor de “Vada voxe”, “Kasi ka Maputsu kute tani”, “Vizinha”, “La famba bicha” (música em pauta neste artigo), entre outras faixas musicais.
Retrata, nos seus trabalhos musicais, a fome, opressão, precariedade das infra-estruturas, entre outras realidades sociais moçambicanas que, analogamente, se pode dizer que são características do então Moçambique (2000-2007)
Propositadamente, o sujeito poético serve-se de uma palavra cujo significado remonta ao Cristianismo (quando Jesus multiplicou o pão para os seus servos) e, como bem sabemos, até aos dias de hoje, esta palavra significa mais do que a mistura de trigo, sal, água e fermento

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