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sábado, 13 de dezembro de 2025
Há também um aspecto prático: a tecnologia oferece ferramentas que auxiliam na autonomia e na independência do idoso. Aplicativos de lembretes podem ajudar na administração de medicamentos; assistentes virtuais respondem a dúvidas cotidianas e organizam compromissos; plataformas de compras e serviços online evitam deslocamentos cansativos e facilitam a vida diária. Esse conjunto de facilidades diminui o estresse e proporciona segurança, permitindo que idosos vivam com mais liberdade, o que, por sua vez, tem reflexos positivos sobre a saúde mental. Afinal, a autoestima e a confiança em si mesmo são fatores determinantes para manter a mente ativa e saudável
A diferença nos impactos entre gerações também se explica pelo tempo e intensidade de uso. Enquanto adolescentes podem passar horas diante de telas consumindo conteúdos rápidos e repetitivos, os idosos, em geral, se dedicam a períodos mais curtos, com atividades de maior significado. Isso evita a sobrecarga mental, comum nos jovens, e potencializa os efeitos positivos do contato digital. Ao privilegiar qualidade em vez de quantidade, os mais velhos extraem da tecnologia aquilo que de fato acrescenta valor à sua rotina e ao seu bem-estar
Diversos estudos em neurociência apontam que o cérebro humano mantém certa plasticidade ao longo da vida, ou seja, a capacidade de criar novas conexões e fortalecer circuitos neuronais mesmo em idades avançadas. Exercícios intelectuais, desafios lógicos e atividades que exigem memória de trabalho contribuem para retardar o envelhecimento cerebral. Nesse sentido, aplicativos de treino cognitivo, jogos de raciocínio, leitura digital e até mesmo o simples ato de aprender a navegar em uma rede social oferecem estímulos que podem funcionar como verdadeiros "exercícios mentais". Ao explorar algo novo no ambiente digital, o idoso ativa áreas do cérebro ligadas ao aprendizado e à adaptação, reforçando habilidades que tendem a se enfraquecer com a idade
É importante notar que o engajamento com a tecnologia também desperta no idoso um sentimento de realização. Aprender a dominar um smartphone, participar de um curso online ou utilizar um aplicativo pela primeira vez pode representar conquistas significativas, que reforçam a sensação de competência e de atualização em relação ao mundo contemporâneo. Esse orgulho em aprender e se adaptar não apenas fortalece o cérebro, mas também contribui para combater preconceitos ligados à velhice, demonstrando que nunca é tarde para incorporar novas habilidades
Para adolescentes, a tecnologia representa um ambiente de imersão social intensa, onde a pressão por reconhecimento e a exposição constante a estímulos rápidos e superficiais podem levar a uma sobrecarga mental. Já para idosos, o contato com esses recursos costuma ser mais moderado, consciente e direcionado a finalidades específicas

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