Cresce a passos galopantes na sociedade moçambicana uma conduta anómala entre os casais a infidelidade tornou-se algo normal. As pessoas já não casam para si mesmas como algo há mais sonhado durante o percurso de vida. Casam sim para satisfazer os desejos da sociedade e afirmação social no seu quadrante familiar e de amizades.

Um novo fenómeno vem sendo observável na nossa sociedade casamentos de fachadas que são suportados por amantes para ambos sexos, existem mulheres que suportam seus lares com recursos do amante vice-versa para o homem. É triste o que a nossa sociedade se tornou, o casamento é um instituto que devia ser um símbolo de tradição e respeito para as gerações vindouras, mas infelizmente assiste-se essa telenovela barata que periga o desenvolvimento da harmonia social que se espera de um casamento para a sociedade.

O casamento tornou-se numa brincadeira que as pessoas casam a velocidade da luz e separam-se na mesma velocidade, onde a sociedade perdeu os valores da tradição antecessora, será que os pergaminhos deixados por estes deixaram de ter sentido que não conseguimos ler o que está escrito, sobre a importância do casamento para as famílias envolvidas e para o futuro das gerações vindouras. A conduta descrita não faz parte nem dos tempos modernos e muito menos dos antigos, pois, o casamento era para a vida eterna e não para dias. Estamos a perder valores e um dia seremos crucificados por isso, a nova geração está aí que exemplo de pais seremos se nem conseguimos segurar o nosso casamento por um dia.

Assiste-se hoje à desqualificação do matrimonio, casamento já não é nada trata-se o mesmo como se de aniversario se tratasse, casamos hoje amanhã divorciamos. A nossa sociedade precisa urgentemente de uma educação para o casamento de modo a recuperar-se os valores da tradição que estão sendo corrompidos com a nova tendência de casamentos que suportados por amantes ate com consentimentos dos envolvidos para salvaguardar interesses das partes envolvidas, uns pelo prazer outros pelo dinheiro e um casamento de fachada aos olhos da sociedade, não fica bem separar-se e fica solteira (o) o que vão dizer se divorciar-se e a divisão de bens como fica se ela não trouxe nada para a relação, então vamos ficando assim mesmo cada um dorme no seu quarto ou no quarto das crianças, vamos puxar a corda ate ela roer-se, não posso perder meus bens para ela conquistei tudo sozinho ela que continue com o amante dela desde que não o traga aqui na minha casa mando Eu.

E assim que nossa sociedade pensa e se comporta dai os casados de fachada e suportados por amantes, vivem na mesma casa, mas não se falam e dormem em quartos separados, e tem relações paralelas fora do casamento e escondem isso um do outro, tudo por que nunca se surpreenderam em flagrante com a amante. Enquanto, isso a vida continua é assim que são os casamentos de fachadas principalmente quando existem bens envolvidos em causa a separação vai levar uma eternidade, por mais que não se suportem a tendência e viver onde já não há amor so pelos bens, ninguém quer sair deste casamento sem nada, e ninguém quer ceder percentagem alguma para outro, pois reina a máxima de que conquistei tudo sozinho e ela veio sem nada para o casamento.

Mas a pergunta que não quer calar para que serve o acordo pré-nupcial. As pessoas vivem em casamentos super tóxicos só porque não podem sair sem nada e ate correm risco de vida por isso. É assim que a nossa sociedade olha para o casamento hoje, as amantes é que mandam nos casamentos Moçambicanos, se alguns casamentos estão durando tanto tempo graças as amantes, pois, de contrario já teriam se separado. É assim, que a nova sociedade moçambicana se configura quando se fala em casamentos de fachada suportados por amantes, gente vivendo em casamentos de alto risco de vida para defender bens ate que ponto nossa vida vale tanto risco. Mas enfim cada um escolhe como viver, de relações infiéis a supremacia financeira entre os cônjus.

Os casamentos aqui estão passando por provações ou uma outra fase de casamento esta por vir, uma nova era se abre para o campo do matrimonio, pois, estão normalizando atropelos a valores éticos essenciais que deixam o casamento sem nenhuma validade para actualidade e nem para o futuro. Relações extraconjugais aqui são de conhecimento mutuo e consentimento próprio das partes envolvidas.

As famílias se constroem e se destroem na mesma proporção que são criadas, estamos diante da crise do matrimónio na sociedade moçambicana, o desvalor e o desrespeito a esse instituto de família que é o casamento. Precisamos resgatar os valores do passado sobre a tradição do casamento para redirecionar o nosso comportamento hoje sobre o casamento e valores que ele carrega e representa nesta e noutras sociedades como a nossa. Pois, so assim deixaremos algum legado sobre a continuidade do casamento como instituto de familia e sua importância para a estabilidade social dos homens em sociedade.