Patrícia Gomes nasceu na Lapa, Rio de Janeiro (Brasil), em 1974, cresceu em São Paulo entre 1984 e 2003 e mudou-se para Londres (Inglaterra, Reino Unido) em 2004. Trabalha como jornalista multimídia ao redor do mundo há quase três décadas.
Ela atuou como produtora, repórter e cinegrafista em diversas emissoras de TV brasileiras e internacionais, incluindo Rede Bandeirantes, TV Cultura, Rede Globo de Televisão (Globo Repórter), Record TV (como correspondente internacional), UN TV (United Nations Television – Programa Mundial de Alimentos) e em múltiplas produções documentais.
Patrícia tem ampla experiência em cobertura jornalística para mídias sociais e plataformas digitais. É uma produtora de documentários premiada, tendo recebido o International Emmy (TV Cultura), o Prêmio EFE (Agência de Notícias Espanhola), o Prêmio Ayrton Senna de Jornalismo, o Prêmio Vladimir Herzog de Direitos Humanos (TV Bandeirantes), o New York Festival e o É Tudo Verdade – It’s All True Festival (pelo documentário Citizen Boilesen).
Como produtora e cinegrafista, Patrícia registrou e produziu diversos especiais para a UN TV e documentários. Destaques incluem:
Em 2003, viveu no deserto do Saara para documentar a vida diária das mulheres nômades da Mauritânia, filme que integra a coleção permanente do Museum of Modern Art (MoMA, Nova York, EUA) e do Programa Mundial de Alimentos da ONU.
Em 2005, produziu e filmou um documentário especial sobre “crimes de honra” (feminicídio) na fronteira entre Turquia e Síria para a UN TV.
Em 2014, cobriu a situação dos refugiados no campo de Karwargosk, na fronteira entre Iraque e Síria.
Documentou a situação dos refugiados tibetanos em Dharamsala (Índia) em 1999 e o trabalho de freiras budistas em Ladakh (Índia) em 2004, uma das regiões mais altas habitadas do mundo.
Como correspondente internacional, cobriu protestos e ataques terroristas em Paris, Moscou e Londres, além de conferências climáticas da ONU (COP15 em Copenhagen).
Baseada em Londres desde 2004, Patrícia reportou sobre conflitos e ataques terroristas no Reino Unido, Israel, Palestina, França e Rússia, bem como grandes eventos esportivos, como os Jogos Olímpicos de Londres em 2012 e a Copa do Mundo no Brasil em 2014 (como fixer para a Al Jazeera e colaboradora do Terra e IranWire).
Desde 2016, trabalha como pesquisadora de conteúdo histórico e jornalístico no UK National Archives, apoiando a pesquisa de documentários, filmes e pesquisadores em universidades.
Também atua como jornalista móvel para a agência de imagens Stringr (Nova York), produzindo reportagens sobre eventos como a morte do Príncipe Philip (2021), o funeral da Rainha Elizabeth II (2022), as eleições presidenciais no Brasil (2022), a coroação do Rei Charles III (2023) e a morte da cantora Tina Turner (2023).
Além disso, é voluntária como tradutora para a ONG brasileira RioOnWatch e contribui com artigos, coberturas internacionais e crônicas para o MEER desde 2015.
É uma das produtoras do curta-metragem My Mother is a Cow (dirigido por Moara Passoni, 2024), oficialmente selecionado para a seção Orizzonti da Biennale de Veneza e exibido em mais de 50 festivais internacionais de cinema ao redor do mundo, continuando sua trajetória pelos mais prestigiados festivais de curta-metragem do mundo.
Patrícia também dedica parte de sua carreira ao desenvolvimento de projetos que aproximam jornalismo, memória histórica e artes visuais. Sua atuação transita entre a investigação documental e a criação de narrativas que destacam vozes frequentemente invisibilizadas, sobretudo mulheres e comunidades em situação de vulnerabilidade. Sua experiência internacional lhe permitiu construir uma rede de colaborações criativas e institucionais em diferentes países, ampliando o alcance de seu trabalho em contextos diversos. Atualmente, além de seguir em novos projetos documentais, Patrícia investe em iniciativas de formação e mentoria, incentivando jovens profissionais a explorar linguagens inovadoras no jornalismo e produção contemporâneos.
Na área cinematográfica, Patrícia Gomes destaca-se por sua habilidade em unir rigor, agilidade jornalística à sensibilidade estética, criando documentários que transcendem a reportagem tradicional. Sua produção aborda temas urgentes com profundidade narrativa, resultando em obras que circulam tanto em festivais de cinema quanto em acervos institucionais. Além de My Mother is a Cow, tem colaborado em projetos autorais e coletivos que exploram a memória social e os direitos humanos, sempre com foco em histórias de resistência e transformação. Seu trabalho documental busca provocar reflexão crítica, valorizando a pluralidade cultural e ampliando o alcance de vozes marginalizadas no cenário audiovisual global.
No jornalismo internacional, Patrícia construiu uma trajetória marcada pela cobertura de eventos históricos e situações de crise em diferentes contextos geopolíticos. Seu trabalho inclui reportagens em zonas de conflito, desastres humanitários e acontecimentos políticos de relevância global, sempre pautados pela ética e pelo compromisso com a verdade. Atuando em campo sob condições adversas, destacou-se pela capacidade de adaptação e pela produção de narrativas de impacto para audiências diversas.