Faz tempo que as politicas públicas em Moçambique principalmente no sector da saúde tem estado a falhar, senão em falência. Após a primeira república os governos subsequentes, nada fizeram no sector da saúde para que a população pudesse ter uma boa qualidade de vida, e um atendimento mais humanizado nos hospitais públicos.
Mesmo com tantos investimentos externos a nível do sector da saúde, a sombra da qualidade de vida e saúde, declina quinquénio pós quinquénio. O sector da saúde enfrenta neste momento a maior falência do século no sistema de gestão hospitalar, o que veio agudizar-se com as sucessivas greves dos médicos por falta de salários, e condições dignas de trabalho. Por outro lado, acrescenta-se a estes factores preocupantes a aparição de novos médicos recém-formados com graves lacunas de conhecimento e ética, o que preocupa a sociedade como um todo, e sobretudo os idosos que negam de ir ao hospital quando estão enfermos, com a alegação de terem medo de morrer nas mãos destes aprendizes de médico.
Dentre os vários factores aqui mencionados cresce a passos galopante, e a um ritmo acelerado o número de clinicas privadas, por parte como resultado da falência dos hospitais públicos, e por outro lado a saúde tornou-se num negócio rentável que enriquece os que arriscam em investir neste sector. A margem deste dilema vão surgindo cada vez mais universidades privadas que leccionam os cursos de medicina, tendo como mercado as clinicas privadas caso para dizer feliz coincidência para os que investem nestes sectores de negócio. Pois, apatia e a negligência dos servidores públicos no sector da saúde, criaram um campo de especulação para a aparição de capitalistas, e investirem forte no sector privado a nível da saúde.
Em Moçambique na actualidade com a falência do sector da saúde vive-se uma incerteza de vida. Hospitais sem médicos; falta de medicamentos e tratamento hóstil. Quanto custa ir a uma clínica em Moçambique, só Deus sabe o quão este povo está entregue a sua sorte adoecer neste país equivale a pena de morte. A geração da pouca esperança de vida, que terá de pagar para viver mais, e ajudar a alimentar as indústrias hospitalares do sector privado, em detrimento do sector público. O negócio da saúde entre a vida e a morte, a ignorância do humanismo, e o atropelo aos direitos fundamentais do homem. O direito à vida na era do capitalismo agressor na saúde.
Pelos lados de África em algumas partes do continente as politicas públicas sobre o investimento na saúde são quase que inexistentes. O tempo vai passando, e as condições nos hospitais públicos são péssimas; atendimento precário; falta de médicos e medicação; e nasce uma nova geração de médicos que não observam a ética profissional e o juramento de Hipócrates. Reclamações constantes sobre o comportamento destes na sua actuação como médicos que por vezes ostentam lacunas de formação e desconhecimento de certos procedimentos básicos de observação de um paciente, e erros de prescrição de medicamentos que resultam na morte ou agravamento da saúde do paciente.
Estes hospitais precisam de uma gestão que possa revitalizar o sistema de saúde na integra, apostando nos quadros antigos que possam transmitir o conhecimento prático sobre o dia a dia do hospital principalmente na questão da deontologia profissional; e atendimento ao paciente, para que os doentes possam ter confiança nos novos médicos e poder aceder a um atendimento mais humanizado, e abandonar a recorrência a medicina tradicional para tratar a sua saúde, quando podem socorrer-se nos hospitais públicos. A vontade política impera sobre a mudança deste quadro, pois, de contrário continuaremos a ter hospitais formais e não de matéria. E eternamente voltaremos ao primitivismo da medicina tradicional para suprir a falta de medicina moderna.
Os hospitais públicos em Moçambique estão a sobreviver para cuidar dos seus pacientes, pois a falta de medicamentos e médicos suficientes faz com que estes hospitais sirvam de consolo para aqueles que não tem condições de pagar uma clinica privada, se a pessoa adoece e vai a um hospital publico equivale dizer que e para que as pessoas não digam que morreu por negligencia de não ter ido ao hospital, mas tal morte sempre te encontra mesmo dentro da unidade sanitária basta que não seja seu dia sorte e não encontrar o médico e muito menos a medicação pré escrita.
As clinicas privadas dos dirigentes públicos são a solução para a saúde em Moçambique desde que tenha dinheiro para pagar, pois não é pouco dinheiro. Os hospitais públicos tornaram-se um espaço de medo, pois a incerteza e o medo toma conta por não saber o que lhe espera nestes hospitais públicos com falta de tudo até o básico para a sobrevivência é muita sorte sair daqui vivo.