O Idealismo afirma as ideias como ponto central do conhecimento. Considerando um ideal como princípio ou valor norteadores de rotas pessoais ou coletivas, define como desejável e perfeita, a orientação das rotas a seguir para o alcance de metas a cumprir. Os ideais são influenciados por fatores culturais, individuais e coletivos abrangendo a ética, a filosofia, a psicologia, enfim, a vida se manifestando a partir de valores materiais, éticos, filosóficos e ou psicológicos importantes, que embasarão as metas a serem alcançadas, pressupondo ajudando o ser humano a identificar expectativas, motivações e insatisfações, pontos fundamentais na formação de sua identidade.

Nascemos capazes de imaginar ideais originais e ou criar ideias mirabolantes, para solucionarmos problemas que surgem durante o viver. Ainda que seja um mecanismo subjetivo da criatividade, a imaginação criativa é deveras importa na construção do aprendizado humano. A criatividade, criar atividades, é base curricular entre a cognição e a conexão alterada, por vezes sem a presença da razão. O exercício de dirigir a curiosidade do intelecto por caminhos inéditos para investigar, refletir, elaborar, testar e criar soluções com base nas ideias e ideais criativos da ciência, arte e conexões mais sutis, isto é, da espiritualidade abrange a prática transdisciplinar para construir o saber, ainda que tenhamos que imaginar o que isto quer dizer.

Então, considerando os ideais como um conjunto de ideias fluindo no mar da criação, e as ideias, como as ondas no mar de infinitas possibilidades, tenhamos o cuidado de não nos perdermos em tamanha imensidão. Aqui há um grande perigo de ficarmos à deriva, se não definirmos antes, uma rota de chegada. Onde estou? Para onde vou? Sempre no agora, é hora de revermos nossas ideias e ideais, definindo nossos mecanismos de chegadas e partidas, nada é fixo ou definitivo dentro da imaginação, e a criatividade, sendo a ferramenta de fazer acontecer. Por isso, não perca tempo por aqui, querendo entender com a lógica da razão. Do contrário, este é um espaço de exercício da criação, use a imaginação.

Durante o trajeto espiralado da cria atividade, são diversas estações de ensinamentos que expõem seus aprendizados, nas quais, encontraremos ali, nosso ser humano revisitando, elucubrando cada ideal, cada ideia sobre as etapas de crescimento latentes na sua alma e personalidade, momentâneas. Importantes núcleos do existir, que em certas etapas do caminhar poderão se chocar por não viverem coerentemente um com o outro. Ocorre um jogo de forças, tipo cabo de guerra, cada uma esticando a corda para um lado, em direções opostas, ficamos ali paralisados, isto quando não somos arrebatados a força por uma ou por outra.

A confusão se instala, perdemos o sentido. A vontade se divide. O poder diminui. Deprimimos. Estamos sem ideias e ideais definidos.

A Primeira estação desse trajeto nos impulsiona a Busca do eu superior, para nas dimensões mais puras do nosso ser, a integração entre personalidade e alma, possa acontecer, e assim, as matrizes celestiais da criação, impressas na terra através de cada ser vivente. Quando a espontaneidade vai perdendo lugar para a estratégia, deixamos de ouvir a alma e somos guiados pela personalidade. É como se deixássemos de ouvir o coração e passássemos a ser dominados pela mente polarizada na teimosia e ilusões materiais. A razão vai se sobrepondo à intuição e então somos como pássaros sem asas. A intuição une o pensamento ao sentimento, o raciocínio ao impulso do coração. És o desafio quando chegamos aqui.

Para tanto, será necessário aprender a controlar o mecanismo mental, mais precisamente, a criação incessante de pensamentos desvairados, a captura das éguas selvagens, o primeiro trabalho de Hércules, no mito do herói, que passa todo o trajeto, reunindo corpo mente e alma. Deveremos ser capazes de controlar ideias e ideais aleatórios, desnecessários, já cristalizados na mente, selvagens, destrutivos, avassaladores, incapazes de aceitar Guiança, outros pontos de vistas, da mudança, do caos a ordem, do velho para o novo, ainda desconhecido, a condição que permanece mudando o viver assim como as estações da natureza.

O farol do coração sinaliza as primeiras paradas para a contemplação. A ação de nos tornarmos aquilo que decidimos contemplar. Suspensão do tempo no relógio biológico. Em estado de Presença, contudo, vamos nos tornando um com aquilo que escolhemos contemplar. Parar para exercitar a unidade. Isto vai acontecer quando de posse do controle, sua mente vai silenciar. A natureza é mesmo a maior de todas as belezas possíveis de contemplação. Ideal cheia de ideias incríveis e esperançosas no por vir. Ideal norteador, estimula a criatividade, purifica e alimenta corpo e alma, silencia a mente e nos enche de cura e bem estar.

Encontre uma posição alinhada e confortável. Feche seus olhos e busque antes a conexão interna com alma dentro do seu corpo, aí, no coração. Respire observando o ar entrando e saindo dos seus pulmões, desde o princípio do caminho até o final. Relaxe possíveis pontos de tensão que estejam latentes. Imagine agora abrir os olhos e veja ao longe as linhas curvilíneas a sua frente, ondas de nuvens e montanhas criando uma paleta de cores que integram o branco azul celeste, ao verde floresta e terracota dos morros. Você está a mil metros acima do mar. Encontre que parte da paisagem irás contemplar. Sinta a verticalidade que vai te aproximando do céu e te enraizando na terra e no frescor das alturas, busque a visão.

Contemple sem racionalizar. Impeça os pensamentos teimosos que nos robotiza o viver com suas regras determinadas e de certa forma, aprisionantes.

A imaginação vai trazer as imagens das próximas ações, emoções, inspirações, terreno fértil para a criatividade e seus novos começos. Renova-se a esperança fortalecendo a permanência na impermanência, o tempo que é senhor e eterno. A montanha que é senhora, parece parada, traz integridade a montanha, Equilíbrio e Estabilidade enquanto existir. A liberdade e o direito de fazer dos sonhos, realidades incríveis para serem vividas, experiências místicas da alma, no corpo mecanismo da fisicalidade. Fazer-se instrumento de mudança e construção burilada pela natureza. Ainda sobre os valores da Montanha, O silêncio, conseguimos escutar os sussurros do vento. O respeito profundo a toda criação.

Onde estou, para onde vou? Do caos ilusório do controle, ao êxtase da entrega de si, aos mistérios da vida e suas leis ocultas na natureza. Aceitação dos fins e recomeços. Ideias e Ideais renovados para o novo caminho a seguir. Adianto-lhes que o exercício do perdão deve estar em dia. A entrega, na certeza de quem controla os radares e frequências das próximas estações é o coração. Por mais doloroso que lhe possa parecer, é dali, onde brotará a libertação. Sentimos paz quando diluímos os resquícios, os miasmas, a acidez de dores passadas, ancestrais. A primeira estação é esta onde você já se encontra, aqui, na busca do coração, na coragem de ser quem somos.

A segunda para onde deve se dirigir e saltar no abismo é a estação da cura. Aqui, tempo é atemporal, não será possível em princípio enxergar o fim, entretanto devemos permanecer na prática de bons ideais de saúde, e ideias originárias das maneiras de cuidar, até conseguirmos nos livrar dos maus hábitos do pensar, do comer, do fazer. O que te faz mal? Que mal fazes? Reveja seus hábitos e comportamentos, assim como aquela faxina de fim de ano que realizamos em nossas casas corpos. Limpar rancores e ressentimento, diluir as mágoas para que no ciclo das águas, elas chovam e impulsionem nova vida na terra. Observe o quanto de malefícios você provoca em si, e nos outros reinos da natureza. De onde vem, para onde vai todo o lixo produzido dentro e fora da casa corpo?

Avaliemos os ideais e ideias de cura que andamos partilhando ou compactuando com as redes potentes e dominadoras de realidades e sonhos. Ideias e ideais pouco luminosos? Para ter poder e dinheiro, sem contudo curar nada, nem ninguém. Uma boa referência, melhor, reflexão, é pensar nas indústrias alimentícia e farmacêutica. Como anda nossa relação com os hiper processados, transgênicos, cadáveres, açucares, antidepressivos, ansiolíticos, drogas lícitas e ilícitas? Toda a enxurrada de produtos e serviços enganosos mas viciantes, que nos aprisiona em um sistema que na real, quer nos dirigir à doença e ao extermínio das diversidades.

Nesta estação onde investigamos a Cura real, a limpeza, purificação e estabilização, é a longo prazo. Entende-se toda dificuldade. Não importa, comece a faxina. Bata em retirada, se buscas ideais de saúde e bem estar integrado. Não é uma ideia romântica, do contrário, urgente e necessária.

A estação seguinte é a da Instrução que sintetiza o conhecimento da alma, e produz chaves importantes dos ideais altruístas, superiores guardados na divindade que existe em cada um de nós, ideias e ideais da criação, criador, criatura vivendo em harmonia com o planeta e seus reinos. Quem chegar até aqui, terá desenvolvida a capacidade latente de realizar transformações profundas, de romper as prisões das falsas crenças limitantes e em certa altura traumáticas e mortíferas, de viver muita purificação de corpo, mente e emoção além da necessária entrega na busca e cura da visão.

Nesta estação chegamos leves e vazios. Sem expectativas mais, conscientes de todos os erros cometidos mas livre de julgamentos. A Reconexão, o encaixe com alma acontece. Integrados com a fonte da vida criativa, seguimos à última estação desse roteiro. A estação do serviço. É dito que servir é o dom mais precioso da alma. Já tivestes esta chance de servir a um ideal que está acima do ego indivíduo, isto é, esquecidos de si? Aqui só compreenderá quem já viveu ou ainda viverá a experiência. O serviço da alma. O serviço da alma, não é mais individual como nas outras estações do caminho.

Todas as questões que esta parte do eu matéria carrega é deixado para trás. Chegamos com o essencial, se atravessarmos direitinho o caminho e passagens das estações anteriores. O serviço aqui é grandioso, porque é grupal, amplo, humanitário, comum a todos, o ideal de servir corretamente aos reinos da natureza. Suas causas são urgentes, pungentes, necessárias para que a nossa humanidade saia do ponto decadente em que se encontra, e retorne ao caminho, com ideias e ideais verdadeiros da evolução planetária. Revolucionárias, nossas almas já se encontram fora dos pequenos mundos dos eus e meus. A visão desta estação é unificadora, solidária e fraterna. São ideais e ideias de graças holográficas e renovações em todo cenário.