Seja muito bem-vindo, 2024! Que você chegue com tudo, mas repleto de paz e de amor, as pessoas estão cansadas de tantas guerras e incompreensão, de destruição do meio ambiente, desse calor infernal, da seca em algumas regiões e do excesso de chuvas em outras.

Sei que sozinho você não vai resolver nada, que precisa da nossa ajuda. O ser humano, ultimamente, tem sido bem desumano, mas não é só com o mundo, não, entre eles também. Olha, as pessoas estão cada vez mais solitárias e essa solidão está fazendo com elas um verdadeiro estrago, acho que é a tecnologia, muita gente vivendo no mundo virtual, com seus avatares, e esquecendo que a vida é real, aqui nesse mundo que pede socorro desesperadamente.

Mas eu acredito que sendo um ano novo, quando as pessoas esperam tudo novo, você venha trazendo já essa ideia, que não sejam só palavras vazias, assim como são aquelas promessas, que todos nós fazemos no dia da virada, de emagrecer, começar a fazer exercício físico e parar de beber, que logo no Carnaval são esquecidas, mas, por enquanto deixa a folia de lado, e vamos nos concentrar no seu advento.

Parece que quanto mais temos à nossa disposição informações sobre tudo e sobre todos, pois basta digitar o que queremos no buscador da internet que temos tudo isso em mãos, nós as usamos de forma a, sei lá, machucar os outros, só porque não concordamos com sua posição na sociedade, na política e com suas opiniões, mas como dizia minha avó: “opinião é como o bumbum, cada um tem o seu”, ou melhor a sua, então, é preciso respeitar!

De forma geral, querem que todo mundo pense igual, mas não somos máquinas, que bastam ser programadas para gerarmos os resultados desejados. Não vivemos sob uma ditadura, pelo menos não em uma de fato, mas é como se fosse, pois quase não podemos nos expressar livremente sem que os opositores nos encham de críticas e xingamentos. Uma loucura!

Sei que você está sabendo de tudo isso, sei também que a simples mudança numérica ordinária pouco fará, para você tanto faz se estamos em dois mil e vinte e quatro anos contados desde Cristo, ou cinco mil e tantos, contados por outras vertentes, para você o que há é só o tempo correndo na forma de dias e noites e, provavelmente, eu, ou outro cronista, pedirá ao próximo ciclo temporal a mesma coisa: paz, saúde e felicidade.

A paz se conquista pela paz, não pela guerra, que gera mais ódio tanto no “derrotado”, que perde terras, cidadãos e a liberdade, quanto para o “vencedor”, que ganha as terras, a possibilidade de subjugar o “derrotado” e mais gente para dominar. Particularmente, eu acho que em uma guerra perdem todos, os “vencedores” e os “derrotados”, pois ela já é a derrota da civilização na forma de matança. Imagina, você, matar o outro para ter paz! Sei, não!

Saúde, é coisa que conquistamos a partir de nossa própria atitude, alimentando-nos melhor, fazendo exercícios, nos cuidando, tentando estressar menos (isso está difícil!) e vivendo em harmonia com as pessoas, mesmo que o nosso vizinho não queira essa harmonia e seja um espaçoso, se achando no direito de tirar o direito de todos os outros, estando vivendo em um lugar onde, tirando os lares sagrados, todo o resto é de todo mundo, só porque não sabe dividir espaço com ninguém.

Felicidade é coisa que eu gosto, porque, apesar das guerras, da saúde às vezes dar uns sustos e do vizinho chato, além da perturbação que é ficar calado diante de algumas coisas, eu sou feliz porque quero ser, e acho que todo mundo pode, e deve, se esforçar para ser também, porque a felicidade nada mais é do que gratidão pelo que tem e não reclamar pelo que não tem, simples, mas difícil de viver assim, pois acham que somos pessoas sem nenhuma ambição, no meu caso é isso que pensam, sim tenho-as, mas elas não estão acima de nada.

Poxa, dois mil e vinte e quatro, você podia chegar e resolver tudo isso numa boa, vem novinho, cheio de energia positiva, pois na virada do ano é só isso que vemos e ouvimos, mensagens de alegria e de felicidade, como se estivéssemos em uma palestra motivacional, mas parece que depois da festa, dos champanhes estourados, da bebedeira, tudo volta ao normal e um começa a ver o outro novamente como inimigo.

Mando essa carta aberta para você, dois mil e vinte e quatro, na esperança de que os outros leitores, pessoas que nem conheço, assim como ainda não te conheço, pois vamos nos conhecendo no decorrer de seus dias, também tenham esse mesmo sentimento e façam a diferença entre os seus, se quisermos mudar o mundo, primeiro mudamos o nosso, não é isso? Então faço minha parte nesse momento, faça a sua e você, leitor, também faça o que lhe cabe, por favor!

No mais, desejo que você venha repleto de positividade, que em cada giro que o mundo der no próprio eixo, demarcando os dias e noites, cada um de nós, humanos, possamos ser, melhores, mas não melhores da boca para fora, mas dela para dentro, de verdade, lá onde podemos fazer a diferença para cada um de nós individualmente e aos outros, pois vivemos espremidos nessa bola voadora limitada e linda e dela precisamos cuidar para que as próximas gerações possam desfrutar dessas belezas também.

Pois é, dois mil e vinte e quatro, vamos ser amigos, eu desde já me coloco à sua disposição para o que você precisar, principalmente para fazer diferente do que já fiz, basta mandar a ordem, antes de fazer a diferença precisamos fazer diferente do que já fizemos. Eu fico no aguardo de sua resposta, sei que vai demorar todo o seu período de volta em torno do sol, mas quando essa volta chegar ao seu final, espero que tenhamos o que comemorar.

Deixo aqui meus votos de felicidade, paz, harmonia e realizações, que sejam várias, pois temos ainda trezentos e sessenta e seis dias pela frente, um dia a mais para viver e realizar!