Hoje decidi falar sobre uma das franquias de terror mais famosas dos últimos anos e sendo a minha favorita desde então, Premonição, que completa 25 anos esse ano e em celebração chega aos cinemas o sexto e último filme, com a proposta de fechar todas as amarras dos filmes anteriores.
Tudo começou no início dos anos 2000, quando o aluno Alex Browing tem uma premonição que o voo 180 que levaria eles e seus amigos de escola a uma viagem para Paris, vai cair. Criando um pequeno caos, ele e mais seis pessoas são convidadas a se retirar do avião, segundos depois o avião de fato cai.
O filme desenrola com a morte misteriosas de cada uma das pessoas que saíram, que morrem na sequência em que deveriam ter morrido no acidente. Alex tentando a todo o custo enganar a “morte” que aparece como uma força natural que vem em busca de cada um dos sobreviventes. Com a grande popularidade e boas críticas o filme ganha sequências que não necessariamente seguem uma cronologia uns com os outros, apesar de sempre citarem o tal garoto que teria previsto o acidente do voo 180.
Para mim o primeiro e o terceiro filme (o parque de diversões) da franquia seguem sendo os melhores já realizados, e por isso meu favorito. Lembro-me de quando passavam na tv aberta nos sábados à noite, e logo depois quando chegaram na versão DVD nas locadoras, eu era a criança cinéfila que amava os filmes de princesas aos gêneros de terror. Quando o terceiro filme foi lançado e com ele as visões e premonições ocorreram na montanha russa, foi um fenômeno para mim, eu amei desvendar junto com a Wendy, as pistas das mortes pelas fotos que foram tiradas naquela noite, e em como todos que saíram da montanha russa iriam morrer.
Assim como eu segue sendo um dos filmes com maior aprovação das críticas e bilheterias. Para mim, o segundo filme é esquecível, o terceiro que já mencionei, é de uma qualidade pra mim, já o quarto da franquia tenta resgatar de alguma forma o roteiro que funcionou tão bem nos anteriores, funciona ou não funciona? é bom, se passa numa corrida de carros que se transforma no verdadeiro horror e assim como os antigos visionários, a morte vem em busca de cada um dos sobreviventes, ninguém escapa, você pode até prolongar um pouco, mais no final você morre. apesar de gostar bastante, não entra no meu top 3.
Quando chegamos ao final do quinto filme, entendemos que a linha do tempo dele é muito anterior ao da primeira visão do Alex. Ou seja, o primeiro visionário e a primeira premonição se pressupõe ser a do Sam. Neste a visão acontece numa ponte que começa a desabar, alguns sobrevivem dado o alerta e depois vão indo aos poucos. Sam, junto com a namorada acham ter escapado da morte e assim com viagem programada a Paris embarca no voo 180, onde segundos depois explode no ar.
O que mais me fascina de fato nos filmes é essa linha tênue entre vida e morte, estamos cercados por ambas o tempo todo, o dia inteiro, pequenos acasos, tropeços, descasos, o viver em si é verdadeiramente perigoso. Então quando nos deparamos com as mortes mais estranhas e “banais” é que conseguimos de fato olhar com mais atenção tudo em nossa volta, os pormenores que podem ser fundamentais para se viver ou morrer, no final tudo tem dia, lugar e hora.
Então depois de longos anos entre o quinto filme, chegou um que promete dar a resposta final para todas as premonições anteriores. Dia 16 de maio de 2025, é lançado nos Estados Unidos, o Premonição 6: Laços de Sangue. Com boa repercussão, e trailer que instigava a vontade de correr para o cinema, o filme foi o meu primeiro visto numa sala de cinema.
O que eu gostei neste filme?
O filme já começa com uma premonição nos anos 1960 tem um salto temporal.
Tudo começa com um pesadelo recorrente de uma universitária, que sonha com a visão que acredita ser de sua avó que nunca conhecera. Ao voltar pra casa em busca de respostas para o passado, finalmente encontra a avó, Íris.
Íris é quem teve a premonição inicial, e ao evitar que essa tal coisa acontecesse mexeu em todo o esquema das possíveis mortes que deveriam ter acontecido. O que o filmes nos traz é uma explicação plausível para todas as mortes que sucederam, neste caso as mortes que nos foram mostradas nos filmes anteriores. Segundo o Iris, a morte, foi atrás de todas as pessoas que sobreviveram ao tal acidente não acontecido no restaurante que ela estava nos anos 1960.
A morte, teria ido atrás de cada um e de seus descentes. Afinal se eram pra terem morridos, ninguém deveria ter sequer nascido. O fato de terem mantido a fórmula com mortes estranhas em maneiras cotidianas, funcionou. A aflição, suspense e nossa esperança de que todos arranjem um jeito de quebrar o ciclo é palpável. Entrando no meu top 3 da franquia.
Será mesmo que estamos todos com dias contados? Que a vida e a morte jogam conosco todos os dias e não sabemos? Livramentos diários, aquele ônibus que perdemos, o sinal que não abre? A bateria do celular que falha? E aquelas tantas outras coisas pequenas mais que possuem um poder enorme de mudar o rumo de todo nosso dia, das nossas vidas, e assim decidir que hoje eu vivo e amanhã eu morro. Eis o roteiro da vida real, segue suas próprias regras e nos coloca exatamente onde devemos estar, tudo na hora certa. Somos todos protagonistas e antagonistas de um filme inteiramente nosso e é só isso que temos certeza.















