O topo, em qualquer aspecto da vida, é lugar difícil de chegar, exige persistência, acúmulo de conhecimento, e uso intenso dele, resiliência e muito pensamento positivo. Devemos saber que cada pessoa tem o seu topo definido, sua montanha é como ele deseja que ela seja, mas o caminho é sempre duro até alcançar o objetivo desejado.
Partimos na vida sem nada, no começo não sabemos sobre o mundo e ele não sabe sobre nós, ele continua sabendo pouco se o grito que dermos não for suficientemente forte, mesmo sabendo de nossa existência por uma forma ou outra, esse tal de mundo continua não nos dando a atenção que pensamos merecer, é assim, ou nada feito. Então o chamamos de “duro”, não é, ele tem outras ocupações.
Viver é coisa difícil, conviver com as pessoas mais complicado ainda, cada indivíduo está preocupado com suas coisas e não tem tempo para as coisas dos outros. A vida é corrida, será mesmo? Ou somos nós que corremos o tempo todo e culpamos a vida por termos tanta pressa? Pressa de quê? A vida é curta ou longa? Dá tempo de fazermos tudo ou não? Sei não, mas sei que em determinado momento tornamos tudo urgente, porque não fizemos nada quando devíamos ter agido.
Nessa onda de correr atrás de tantas coisas esquecemos de correr com mais efetividade atrás de nossas coisas, nossos desejos, confundimos o desejo carnal com o desejo da alma e assim não damos um passo em direção ao topo, apesar de estarmos rodeando o pé da montanha, desviamos o caminho, entramos por vias que são totalmente desconhecidas e que não estão em nosso mapa, falta o foco.
A montanha da nossa vida está lá para ser conquistada, olhamos para ela com desdém, buscamos os pontos mais fáceis de serem alcançados e mesmo assim o fazemos com total desleixo, apenas chegamos, pois para quem perdeu a direção qualquer ponto é um ponto de chegada, perde-se a chance de ir além, ver o que há depois da montanha, se outra, ou um vale lindo que desemboca numa praia estonteante.
Escalar uma montanha, seja ela física ou mental, é empreitada muito arriscada, precisa de preparo físico, de equipamentos de segurança, de foco, de busca pelo conhecimento, de manter o pensamento positivo, de felicidade, de tantas outras coisas, que se forem listadas aqui ocuparão todo o espaço. Ninguém está totalmente preparado para essa aventura, ela precisa começar com o que temos em mãos!
O processo de crescimento pessoal é longo, dura o tempo todo de uma vida, é feito por etapas e se pular uma fica comprometido. Há fases muito complicadas nesse processo, se não houver foco e determinação, ele será comprometido, pois os desvios estão por toda parte, a subida é íngreme e deixa o topo muito longe, apesar de ele estar a poucos passos, é o tempo que torna a escalada dura.
Tempo, que todos nós dizemos que nos falta, escorre pelos dedos nas distrações diárias, perdemos o foco por muito pouco, estamos mais preocupados em vigiar a vida dos outros nas redes sociais e não damos a atenção devida à nossa vida, que deveria, na escala de importância, estar no nível mais alto, não está. E, por isso, ficamos rodeando a montanha sem avançar um milímetro em sua escalada.
Desejamos chegar ao topo em todos os sentidos, mas pouco fazemos para que realmente o conquistemos, há que se rever as atitudes, pois o topo não vem até nós, somos nós que devemos chegar a ele com nossas próprias forças, a princípio, com as ferramentas que conquistamos no decorrer da vida, não podemos esperar pelo que não temos, isso conquistamos enquanto a escalada progride.
Se você tem um mapa e um bom planejamento vai alcançar o topo de sua montanha, talvez com menos cicatrizes da subida, mas não ficará livre delas, pois na trilha tem perigos, muitos deles desconhecidos, um bom plano pode te ajudar a vencer esses perigos, mas não sem lutar para que sejam vencidos, você levará tombos que deixarão marcas e essas marcas, serão chamadas de “experiências”.
A montanha da vida está diante de você desde o início, ela está sendo escalada desde sempre, mas há um determinado momento em que o medo torna essa escalada impossível, e começam a ser inventados os subterfúgios para não mais tentar, muitos voltam de onde estão e resolvem escalar montanhas que não são suas, levam nas costas outras pessoas e fazem com que elas alcancem o topo delas.
Depois de tanto trabalho para a conquista alheia reclamam de não ter conseguido conquistar o seu lugar devido, dizem que a vida é injusta, quando na verdade o injusto foi ele mesmo ao se propor a contribuir para que outro conseguisse. Perder tempo lutando pelos outros não me parece ser a melhor estratégia, porque quem perde é quem luta pelo que não deveria lutar.
Crescimento pessoal exige coragem para enfrentar o desconhecido, mas sabendo exatamente a direção que vai ser escolhida. O topo de sua montanha você sabe onde está, claro, mas precisa acreditar nele e seguir ao seu encontro, esperar não faz você conquistar nada, só faz o tempo passar, e quanto mais ele passa o topo fica mais distante, mesmo estando bem ao lado, pois existem etapas a serem cumpridas e elas podem ser bem longas.
O quanto antes você dominar o seu medo de crescimento e entender que nada será fácil, que haverá choro e ranger de dentes na sua escalada, que deverá ser feita em etapas, melhor. Veja que o alpinista que tenta escalar o Everest, não o faz de uma só vez, ele leva meses se preparando, depois dias escalando, para nos pontos de apoio, até que chega o momento crucial em que ataca o cume e o conquista.
Pense menos e tenha mais ação na busca pelos seus objetivos, o excesso de pensamento faz você criar monstros que só existirão em sua cabeça. Ponha em prática o seu plano, você só saberá se eles podem dar certo ou não escalando, se perceber algum erro, pare e corrija-o, antes que seja tarde, e fazendo uma escalada lenta e progressiva você conquistará o seu topo desejado.