O que vem depois da morte ninguém sabe e permanece esse mistério até hoje por isso vamos vivendo a vida, enquanto podemos da melhor forma possível. Em vida trilhamos muitos caminhos bons e maus, e com isso aprendemos o que é viver a vida plenamente quando sabiamente conseguimos ultrapassar muitos dos obstáculos e desafios que a vida nos coloca e seguimos em frente com mais uma lição aprendida.

A valorização das nossas conquistas do presente e do futuro - ou seja, em vida - só é possível se educarmos a nossa mente e corpo a saber respeitar os processos que a vida impõe e de como podemos atingir nossas metas e objectivos em curto prazo ou longo prazo. Em vida construímos mundos e conquistamos coisas, fazemos amizades, amores e inimizades, perdoamos e seguimos a vida, mas nunca sabemos como e quando chega a morte, e ela convive connosco desde que nascemos até ela nos levar, e por vezes tememos a morte que ela não nos leve sem alcançarmos nossas metas e mesmo depois de conquistar nossos objectivos continuamos querendo viver mais para saborear nossa vitorias e rezamos que ela nunca chegue.

Hoje o mundo celebra a grande conquista as tecnologias de informação e comunicação que nos permitem conectarmo-nos com o resto do mundo com um simples click da tela do telefone e estabelecer a comunicação, contactos de negocio, estudos a distância, locais de difícil acesso e outros intercâmbios virtuais que poupam divisas em viagens dispendiosas e gasto de tempo é isso tudo resolvemos virtualmente com um click de tela. Os criadores de aplicativos de redes sociais brindaram a humanidade com aplicativos com capacidades incríveis como estabelecer a comunicação virtual a qualquer distância e com isso fazer parecer que a outra pessoa está do outro lado da tela, enquanto na verdade a pessoas está a milhas de distância.

No Facebock como nunca, e em outros aplicativos criamos um perfil cadastramos nossos dados pessoais, criamos uma imagem e partilhamos nossas fotos, criamos amizades, fazemos negócios, criamos grupos de contactos familiares, partilhamos passo a passo momentos de vida e outros. Algumas pessoas nos conhecem pessoalmente e outras nos conhecem somente no mundo virtual, e outras nem tão pouco nos conhecem apenas veem uma foto qualquer que colocamos no nosso perfil seja de um artista favorito ou imagem de paisagem, ou mesmo a nossa própria foto e teclamos dia pós dia com diferentes pessoas e fazemos negócios e partilhamos contactos e locais.

E por vezes nunca e nem procuramos saber afinal quem está do outro lado da tela, afinal são coisas do mundo virtual e só queremos bater papo e distrair-se das dificuldades da vida e seguir em frente amanhã é outro dia. E nunca se quer páramos para reflectir sobre o que aconteceu com aquela pessoa que conhecemos no facebock e teclávamos todos os dias e de repente parou de manter contacto enviamos tantas mensagens e nunca obtemos o retorno das mesmas.

As pessoas morrem ou desaparecem fisicamente, mas a identidade virtual continua activa e vamos recebendo notificações daquela pessoa quando chegam aquelas datas dos momentos postados em vida, e isso faz-nos recordar daquela pessoa que sempre esteve connosco virtualmente e nos rimos dos bons e maus momentos que com ela passamos e levamos a vida adiante sem ela porque a vida é assim mesmo uns vão e outros vem.

O papel da identidade virtual no pós-morte para o contexto dos vivos passa a ser uma espécie de despertador da vida que com ele seguimos lado a lado e vai nos despertando daqueles momentos que vivemos com aquele nosso ente querido, e com isso podemos reflectir sobre o que estamos fazendo agora, e o que aquela pessoa foi para nós e que lições de vida tiramos no estágio de vida em que nos encontramos. E aí recordamos os seus feitos em vida, e dissemos se ele estivesse vivo minha vida seria diferente, e aí passamos a respeitar o dom da vida, e a valorizar as pessoas que fazem o nosso mundo sem qualquer discriminação ou segregação racial, pois, somos a semelhança do outro enquanto seres vivos.

Portanto, aconteça o que acontecer os nossos passos e a nova vida na internet estará tudo registado, para um sempre que nos seguirá tanto nesta quanto noutra vida. Os nossos feitos pela internet reflectem sempre o que nós fomos nesse plano de vida física, os criadores dos conteúdos da internet devem sempre imortalizar os nossos feitos para que futuras gerações possam ver e saber sobre nós e o que fomos no planeta terra, o mundo da internet tem a primazia de registar o que fazemos hoje em dia, e com isso poder construir uma base de dados para futuro, pois nem sempre se tem a prerrogativa como esta de registar em tempo útil o que fazemos no nosso cotidiano.