O controlo da taxa de natalidade é de extrema importância em quase toda a parte do mundo, pois isso permite uma melhor planificação e viabilização das políticas públicas no que se refere a criação de linhas de transportes públicos, disponibilização de recursos alimentícios, saúde, educação, planificação económica entre outros.

A falha das várias repúblicas no pós-independência no controlo da taxa de natalidade foi fatal para as políticas públicas em Moçambique, visto que, estas têm estado fracassar, dado que não conseguem alcançar as metas traçadas. A imigração ilegal é outro factor importante que assombra as politicas públicas em Moçambique. A vista grossa das entidades migratórias de Moçambique face a entrada ilegal de estrangeiros no país faz com que os imigrantes impactem directamente no aumento populacional, agravando de forma acentuada a crise das políticas públicas, que o Estado vem desenvolvendo no sentido de prover uma educação, saúde, e outros recursos de subsistência para as populações.

No pós-independência os governos subsequentes não conseguiram controlar a taxa de natalidade e a imigração ilegal e as políticas públicas por eles desenvolvidas não saíram do papel. Todas as políticas públicas devem sempre assegurar que a taxa de natalidade e a imigração ilegal estejam controlados, pois, são os inimigos iminentes do Desenvolvimento. Muitos governos pelo mundo foram controlam as taxas de natalidade e a imigração ilegal tem as suas políticas públicas assentes no alcance dos objectivos e metas traçadas.

A falta de políticas claras no controle da taxa de natalidade e da imigração ilegal em Moçambique fazem com que estejamos mais distantes de alcançar o Desenvolvimento a tanto almejado desde a independência. E preciso uma reflexão urgente e profunda sobre o estágio em que nos encontramos hoje sobre as matérias ligadas a natalidade e imigração ilegal. Visto que, não se justifica que estamos independentes há 49 anos, mas ainda nos debatemos com assuntos cosméticos como estes que assombram nossas metas de Desenvolvimento.

Uma boa qualidade de vida, educação, transporte, saúde, habitação, alimentação, depende muito de factores como taxa de natalidade e imigração ilegal, e sem o controlo adequado em nada valem quaisquer politicas públicas aqui desenhadas. A sensibilização das populações sobre a necessidade de redução dos elevados índices das taxas de natalidade deve ser acompanhada com políticas claras que começam de casa para os espaços públicos.

Não basta publicitar os métodos anti conceptivos e aconselhar as pessoas, e preciso dar incentivos concretos e acompanhar de perto todo o processo para desacelerar as altas taxas de natalidade. Na vertente imigração ilegal e preciso apertar o cerco sobre as nossas fronteiras e outros possíveis acessos, combater de forma incisiva os esquemas de subornos instalados nos escalões dos agentes da migração e outras entidades competentes, para que estes tomem a consciência de que seus actos ilícitos prejudicam a nação. As políticas públicas do governo colapsam sempre no papel, e nunca são concretizados e atrasam cada vez mais o Desenvolvimento do país.

O país tem excelentes planificadores e políticas públicas de invejar, mas os problemas estão mais abaixo do que se imagina, controlar expressivamente as altas taxas de natalidade e deixar de lado os mitos populares de que Estado esta proibindo a multiplicação da espécie, ou contra algum desígnio bíblico que indique ou incentive a multiplicação liberal da espécie humana. Estado estará fazendo o seu papel de provedor de serviços que estejam alinhados com os princípios básicos como este o controlo da taxa de natalidade para melhor prover serviços que abarquem a todos os pontos do país.

Controlar a imigração ilegal não significa proibir a entrada de pessoas estrangeiras ao território nacional, mas sim que estas entradas estejam controladas e permitidas pela lei, pois, quanto maior for o número da população não programada nos recursos já existentes na planificação cria sempre a sobrecarga sobre os mesmos.

Um planeamento familiar bem-sucedido exige um conjunto de medidas sociais para assegurar um autêntico bem-estar. A execução de um planeamento familiar sem nenhuma reforma de ordem institucional pode rapidamente tornar-se uma política coercitiva de um controle da natalidade imposto. Em outras palavras, parece difícil e abusivo fazer abstração, em qualquer política de controle da natalidade ou um planeamento familiar, dos determinantes sócio-económicos e culturais.

É pelo menos estranho a contradição prática que existe entre os discursos teóricos salientando o papel importante de variáveis de ordem econômica, social e cultural para "explicar" a fecundidade, e um tipo de planeamento familiar que pretende exercer-se diretamente sobre a fecundidade, sem mexer com os fatores ou causas da fecundidade: instrução, nível da renda, emancipação, trabalho da mulher. Deixar de lado as mediações econômico sócio-culturais é abrir a porta ao arbítrio daqueles que tem os meios e o poder de impor um controle da natalidade.

Neste caso, um planeamento familiar reduz-se a uma política de controle pelas instâncias do poder. Será que há um impasse na medida que sofremos uma dificuldade teórica e prática de articular os interesses das famílias nível individual e os interesses do país (nível coletivo. Sublinhando o direito, para os pais, de ter o número de filhos desejados, o planeamento familiar ilude o problema de toda política demográfica, que é formar para a sociedade o número de crianças de que ela precisa. O problema demográfico é essencialmente um problema social e político.