Como um encontro de almas, saudando a cura e a beleza, os olhos brilham ao sentir a pluralidade dos cristais. O encantamento do reino mineral faz parte da nossa conexão com o Universo. A gemologia — ciência que estuda as gemas ou pedras preciosas — e a gemoterapia — terapia alternativa que utiliza cristais — em simbiose exaltam nossa interligação com o Todo. Afinal, somos uma teia cósmica conectada com os mais diversos elementos.

As antigas civilizações, empiricamente, já usavam e sentiam a vibração dos cristais, utilizando-os em joias e decoração para atrair proteção e boas energias. Estas tradições são mantidas até hoje. Os povos como os sumérios, egípcios, gregos e romanos também faziam uso dos cristais para curar e auxiliar clarividência. O primeiro reino a surgir foi o mineral, composto de átomos e de energia como tudo que existe. A formação de um cristal acontece por solidificações, cristalizações ou recristalizações de minerais, lava ou gases. Os cristais são classificados pela composição da sua estrutura interna, ou seja, pelas forças naturais que o moldaram e os minerais absorvidos que originaram suas diversas cores e formas. São carregados de energia vital da Mãe Terra e fluem eletromagnetismo.

Cada composição química e atômica dos cristais emana um tipo característico de energia através do seu campo. São estruturas inteligentes que beneficiam e propagam luz. O cristal internamente (estrutura e espectro) é um tesouro, uma mandala perfeita. Emite energias capazes de equilibrar, neutralizar e ativar nossa energia vital.

O corpo humano pulsa e consequentemente possui, recebe e transmite energias, ou seja, há uma troca energética o tempo todo com o ambiente. O mesmo acontece com os seres do reino vegetal, animal e mineral. A frequência vibracional humana é, na maioria das vezes, muito densa e as energias sutis são pouco perceptíveis. Quando em estado meditativo, é possível alcançar a sutileza, exatamente quando o corpo — que tem pulsação e ritmo — relaxa, ele tem capacidade para receber essa energia leve.

Os cristais apresentam uma relação muito subjetiva com o interlocutor. Uma pessoa olha e diz: é uma pedra. Outra diz: é um mestre. Na terapia com os cristais, eles são a espiritualização da matéria e a matéria do espírito, pois é a parte aprazível e sensorial da espiritualidade. Tem beleza e cura. A força eletromagnética dos cristais atua com sucesso para:

  • equilibrar o campo energético;
  • purificar e intensificar energias de cura;
  • atrair vibrações específicas e
  • equilibrar e favorecer pontos de energia do nosso corpo.

Os cristais se apresentam de diversas formas, os brutos ou polidos naturalmente são melhores para o trabalho terapêutico, pois sua estrutura molecular não sofreu nenhuma alteração. Os cristais polidos ou lapidados, para chegar ao seu aspecto final, podem sofrer processos agressivos. É importante observar também o processo de extração mineral e optar por profissionais que adquirem os cristais advindos de extração consciente. A pureza no trabalho envolve tudo, quanto mais, melhor.

Os cristais podem ser usados de forma passiva — terapêutica ou decorativa — e de forma ativa quando em meditações, técnicas de cura, banhos, elixires ou amuletos. Para o uso ativo, é importante orientação de um cristaloterapeuta, pois nem todos os cristais são indicados para elixires ou banhos, por exemplo. A pedra não deve possuir substâncias como arsênio, chumbo, cobre ou mercúrio em sua composição e essas são informações importantes que um profissional sabe conduzir. Assim como, atestar a veracidade das pedras, um gemoterapeuta sabe distinguir os cristais que são falsos em seu uso terapêutico.

Conhecer as propriedades dos cristais é fundamental, isto é, saber o grupo ao qual faz parte, a sua dureza e a sua composição química. O trabalho de gemoterapia é sério e seguro. É correto afirmar que o uso dos cristais não dispensa a medicina com seus diagnósticos e tratamentos sugeridos. A terapia em questão é auxiliar e alternativa, compreendendo o homem de forma holística e buscando o equilíbrio entre corpo e mente para melhorar a saúde e o bem-estar.

Os cristais e o ambiente

Os cristais são excelentes para exposição em ambientes, seja pela decoração ou pelas propriedades energéticas.

A seguir algumas dicas

  • Quartzo transparente: em qualquer parte da casa emana equilíbrio, paz e harmonia.
  • Quartzo azul: muito usado na área de trabalho, proporciona boa comunicação e clareza mental.
  • Quartzo verde: proporciona saúde e equilíbrio. Dependendo do caso, pode ficar na mesa de cabeceira da cama.
  • Quartzo rosa: em qualquer local da casa, propicia amorosidade, pureza e lealdade. Um par de quartzo rosa no quarto garante boas energias nos relacionamentos.
  • Pirita: uma drusa de pirita na cozinha é excelente para intensificar o sucesso e a prosperidade, pois favorece a atração de bens materiais.
  • Citrino: promove coragem, autoconfiança, disposição para conquistas, criatividade e pode ser usado em escritórios, sala de estudos e em áreas comuns da casa.
  • Ágata: ótima para ficar na entrada dos ambientes, pois atrai proteção.
  • Ametista: o cristal da conexão. Neutraliza energias negativas. Faz uma boa dupla de cura com o quartzo verde.
  • Turmalina negra: é usada para proteção, é um para-raios de energias negativas. Perto da porta de entrada é excelente para filtrar tais energias.

Os cristais como vêm do magma para a crosta terrestre são seres independentes e sábios que mantêm vibração permanente. É o prazer e o bem-estar a serviço da cura de todos. E mesmo que não se consiga perceber todo o poder de um cristal, reconhecer a beleza e o encantamento do reino mineral é uma clara evidência. Como a sutileza materializada, sente-se a amorosidade do Universo.