Não é segredo para ninguém que o ensino de História desde os primeiros anos concentra-se em processos de longa duração. Não há qualquer concentração metodológica direcionada à micro-história no sentido aplicado à biografia ou às curiosidades publicadas em trabalhos não acadêmicos. Assim, os historiadores profissionais têm, como vasto leque profissional, temáticas que abrangem a conjuntura em suas variadas perspectivas. Há, portanto, certo vazio no que tange às outras perspectivas. Em que medida a alimentação desse conhecimento pode aumentar o interesse dos alunos da Educação básica pelo componente curricular proposto? De que maneira as fontes já trabalhadas, como as visuais (filmes, documentários, peças teatrais) e as interativas (jogos de estratégia) podem fomentar esse objetivo?

Em resposta à primeira questão, a aplicação da micro-história no ensino de história no ensino fundamental pode ser uma estratégia eficaz para aumentar o interesse dos alunos pelos componentes curriculares. A micro-história é uma abordagem que se concentra em eventos, indivíduos e detalhes específicos que muitas vezes são esquecidos nas narrativas históricas tradicionais.

O uso das fontes visuais, bem como as interativas despertam as seguintes características nos alunos:

  • Engajamento emocional: Filmes, documentários, peças teatrais podem ser importantes dinâmicas de envolvimento emocional das crianças. Elas podem se conectar com facilidade aos personagens e os eventos históricos quando estão diante da ação, o que pode despertar maior interesse pela história;
  • Visualização do passado: Constituem representações significativas que dialogam com memórias adquiridas do contato com fontes históricas que tratam sobre determinado assunto;
  • Variedade de perspectivas: Diante da diversidade de personagens apresentadas nas diferentes dinâmicas visuais, há, por consequência, distintas perspectivas, correspondentes às maneiras de observar uma realidade;
  • Estímulo à pesquisa: O uso de fontes visuais e interativas pode motivar os alunos a buscar mais informações sobre os eventos ou perigos;
  • Desenvolvimento de habilidades críticas de filmes: Ao assistir a filmes ou documentários sobre uma mesma temática, as diferentes perspectivas adotadas despertarão algumas curiosidades sobre fatos que, por não fazerem parte do enredo das produções, ficam mal ou não são representados, instigando a curiosidade da criança;
  • Imersão interativa: Através dos jogos de estratégia, a proposta da atividade imergirá as crianças no contexto representado, estimulando seu raciocínio para a resolução de problemas inerentes ao contexto do jogo e da época;
  • Contextualização da História: Cada fato estudado no período escolar possui antecedentes formadores, bem como resultantes das ações desses eventos. A introdução colocada pelo professor antes de adentrar na temática da aula propriamente, estimula o pensamento das crianças no sentido de melhor compreender os motivos que desencadearam aquele evento histórico, bem como suas influências posteriores;
  • Promoções de criatividade: Através da inserção das crianças nas atividades culturais como as produções artísticas, envolvem-nas como protagonistas na elaboração de sua visão sobre determinado evento histórico.

Aqui estão algumas maneiras pelas quais Mississauga pode ajudar a ensinar história no ensino fundamental:

  • Conexões com a vida cotidiana: A micro-história permite que os alunos explorem histórias de pessoas comuns e eventos cotidianos, tornando o passado mais real e relevante. A própria vida pode tornar a história mais interessante e acessível.
  • Sob a perspectiva da longa duração, a historiografia tradicionalmente ensinada, quer seja na educação básica, quer seja nos cursos de graduação em História, correspondem às estruturas. Desde o viés político, passando pelo econômico, social, incluindo o cultural, estuda-se o processo desde as primeiras organizações políticas, até os dias atuais. A micro-história, por outro lado, apresenta-se como disciplinas eletivas ou, mais tradicionalmente, na pós graduação em História.

Portanto, o ensino de História para a Educação Básica deve constituir um diálogo constante com as artes cênicas, por exemplo. A habilidade de representar determinado evento histórico, o aproximando da percepção das crianças, as fazem se sentir como participantes, sendo, portanto, espectadoras-protagonistas da História, alinhando com sua proatividade no desenvolvimento das atividades de aprendizagem, inclusive fora do ambiente escolar.