Este termo publicitário que promove o agronegócio brasileiro nos canais televisivos nacionais - ou seria exclusividade de um canal apenas? - tenta convencer de algo que os fatos, internacionais inclusive, desmentem. Vários são os exemplos de que não é popular, nem no sentido de moderno e nem vanguardista, se é este o sentido principal que promove.

Primeiramente, o Brasil permanece no mesmo estágio econômico das exportações agrícolas, desde o século XIX. Inicialmente, incrementou suas produções de exportações baseado na mão-de-obra escrava, como a história descreveu. Depois substituiu esta - para inglês ver¹ - por mão-de-obra colonial que, dizem também os fatos históricos e mais recentemente seus descendentes, foram eles ludibriados pela propaganda da imigração. Portanto, 'fake news'² também não é coisa moderna. Ainda hoje infelizmente, descobre-se mão-de-obra escrava em plantações de cana, maçãs e uvas, como denunciou recorrentemente aquele mesmo noticiário. Curiosamente, as apontou nas mesmas regiões colonizadas por alemães e italianos, principalmente. Por outro lado, é a Alemanha o maior exportador de café do mundo, com valor agregado em blends variados e diversos. E as marcas mais famosas de café, são as italianas curiosamente.

O Brasil exporta o grão mas, já foi o Paraguai o maior exportador desta commodity, inclusive. Talvez porque os incentivos através do vizinho, fossem melhores e mais progressistas. Ainda, terá a maior produção de commodities cana, açúcar e ethanol exportáveis, a granel. Mas ainda não tem quiçá, marcas próprias internacionalizadas nos saquinhos de açúcar, aqueles que adoçam cafézinhos nacionais e internacionais; outrossim nem suas marcas de combustíveis no estrangeiro próximo, se vê.

Pop são as sandálias Havaianas, da Alpargatas que, imitaram as homónimas japonesas e estão na moda. Já foi argentina e hoje, está distribuída a olhos vistos por lojas próprias e franqueadas internacionalmente, nos melhores pontos comerciais do mundo. Também o são, os derivados de carnes que com distribuidoras e Tradings próprias na Holanda, entre outros hubs logísticos, leva a marca de seus produtos para todo o lado. Mas isso agora não é mais pop, o vegan é que agora o é.

As frutas também tentam, mas nem sempre conseguem este feito; apenas as mangas. As frutas exóticas sem sementes, como o limão Thaiti - ou melhor nomeando, a lima persa - que tem a segunda produção mundial atrás do México, perdeu terreno nos últimos 20 anos. O desenvolvimento científico da Embrapa que, como na Uva do nordeste brasileiro alcançou safras recordes e duplicadas, não conseguiu emplacar valor agregado, como a maçã e a laranja da Oceania o fazem. Talvez no suco de laranja agregou-se algo, mas como fruto de mesa, numa marca própria, também não. À banana, restou adquirir uma marca hispano-americana.

O soja, não desenvolveu nenhuma marca de óleo de cozinhar; é reconhecido internacionalmente mas, o grão commodity cotado internacionalmente sem nenhum diferencial agregado, mantém-se oscilando conforme as marés do equilíbrio. Faz-se o básico, o simples e o cômodo mas nada vai além. Fica-se no menor 'emprego' de esforço, no mesmo valor e participação mundial, sempre entre o zero e o 1%, dando maior margem aos mesmos porém, esquecendo a função social das empresas e seus negócios. É o mesmo quando se fala de petróleo mas, não de refino. Nem automóveis produzem mais, com uma marca própria. Até os seus aviões Embraer, que já agora são franceses e de um fundo norte-anericano. Mas atenção: não se pode abarcar tudo, nem precisam afinal pois, o mundo globalizado promove concorrência leal. A cientificidade do agro foi produtiva, reduziu custos e aumentou volumes mas, seu 'popolo' manteve ou reduziu preços, desagregando mercadologia. Não se beneficiou financeiramente os envolvidos diretos e, desvalorizou as ciências. Continuam os Ceasas brasileiros a transportarem frutas e legumes com carrinhos-de-mão de madeira, pilotados por semi-escravos, num termo folclórico da palavra. Já no mundo pop, lá são empilhadeiras industriais, a gás ou elétricas. Tudo com valor agregado.

Um negócio e um setor são populares quando dividem receitas, promovem a função social da empresa e, geram trabalho, novos negócios e atividades com desenvolvimento geométrico, que estimula uma propagação tributária progressista, ao contrário da concentração das margens, num menor esforço estratégico e portanto, intelectual.