Nunca antes vimos uma revolução tecnológica tão grande na nossa atual sociedade. O mundo se conectou em uma gigante teia online, tornando possível a criação de um novo universo dentro do nosso próprio universo. São jogos virtuais com avatares que imitam a realidade, mundos possíveis de conquistar, cidades qual você administra, equipes qual você é técnico, e por ai vai.

E dentro dessa onda virtual, surgiram as criptomoedas. Uma moeda de valor que existe somente dentro da internet, e que vem ganhando cada vez mais espaço e mais valor no mundo qual definimos por “real”.

A primeira e mais famosa criptomoeda criada foi o Bitcoin, em 2009, por Satoshi Nakamoto, que publicou um artigo em 2008 explicando o que era o Bitcoin. Desde então muitas outras surgiram, e nos dias de hoje, são mais de trinta criptomoedas ativas, disponíveis para compra no mercado virtual.

Devido à avalanche de pessoas que nos últimos anos decidiram investir em criptomoedas, e mais precisamente, o Bitcoin, além da supervalorização do produto, surgiram também, os aproveitadores da situação. Dentre eles, os golpistas da internet e os traficantes de qualquer espécie.

Os golpistas da internet atuam de forma extremamente cinematográfica, principalmente no Brasil, onde ficou comum a criação de falsas empresas que supostamente negociam bitcoins até mesmo profiles falsos em redes sociais que te estimulam a baixar aplicativos que aparentemente parecem verdadeiros, porém que foram criados para roubar os seus dados.

No caso das empresas, os golpes com bitcoins vão desde pirâmides financeiras, empresas que criam falsas criptomoedas, e até mesmo profissionais independentes que aplicam golpes aleatórios em empresários selecionados.

Já no caso dos falsos aplicativos, hoje existe um golpe onde pessoas se aproximam da vítima através de redes sociais. Seja por interesse sexual, amizade, ou até mesmo parceiros de jogos online. Quando o golpista ganha à confiança da pessoa, ele ou ela, começa a incentivar a vítima a investir em uma criptomoeda, alegando altos rendimentos em um curto espaço de tempo. E quando a vítima aceita, então o golpista sugere o tal aplicativo.

No início o aplicativo começa a te mostrar bons rendimentos, para que a vítima seja incentivada a investir mais e mais quantias. No entanto, quando esta decide retirar o dinheiro, a conta simplesmente é deletada, e a quantia é retida pela conta original do golpista.

E aqui começa o problema. Por ser uma moeda criptografada, não existe a possibilidade de rastreamento. Assim que, dificilmente as vítimas lesadas pelos golpes das criptomoedas conseguem de fato ser ressarcidas de seus danos.

Devido a esta impossibilidade de rastreamento, os traficantes de qualquer espécie, sejam eles de drogas, de órgãos, de pessoas, também aderiram ás negociações através das criptomoedas, deixando seu negócio ainda mais seguro. Como por exemplo, o website Silk Road, onde era possível comprar drogas, armas, e até mesmo contratar assassinos de aluguel, tudo negociado através de criptomoedas.

Ainda não sabemos qual vai ser o futuro da criptomoeda, porém, uma coisa é possível definir. O dia em que os governos decidirem abolir a criptomoeda, ou, o dia em que a internet cair sem chances de voltar, com certeza nós teremos uma cena muito semelhante ao crash da bolsa de valores de Nova Iorque em 1929.