No ano em que foi indicado ao Prêmio PIPA, Arivanio inaugura sua segunda individual na Aura no dia 02 de outubro, das 18h às 21h. Sob curadoria de Theo Monteiro, O bestiário de Kixelô reúne cerca de 20 obras do artista, incluindo três inéditas, que destacam figurações animalescas para abordar temas fundamentais à humanidade, como nascimento, morte, desejo, violência e sobrevivência.
O título da mostra remete à tradição dos bestiários medievais, sob uma leitura contemporânea e fabulada do cotidiano sertanejo do artista. “Curioso que, mesmo os seres verdadeiros e que faziam parte do universo europeu daquele período eram, por vezes, representados de forma fantasiosa.
O objetivo, afinal, não era propriamente científico (ainda mais que esse tipo de visão de mundo inexistia naqueles recuados séculos). Tratava-se, na verdade, de uma coletânea extraída de textos lendários”, observa o curador. Arivanio cria, a partir de sua vivência em Quixelô, no sertão do Ceará, um bestiário povoado por animais de corpos longilíneos, tratamentos expressivos e dimensões míticas.