É um ímpeto constante o que o ser humano sente…o de se deslocar, o sentimento de partir e chegar, o sentimento da descoberta.

Desde sempre que o ser humano se deslocou, outrora por procura de alimento, conquistas de territórios e descobertas. Sempre quis perceber o que poderia existir mais além. Foram estes os primórdios das viagens. Já no século XIX implementou-se os anos sabáticos da descoberta sobre outras culturas ou ainda deslocações por motivos de saúde, de caráter científico, de negócios em plena revolução industrial.

Ao longo do século XX e já com desenvolvimentos tecnológicos impulsionados pelas grandes guerras começam as grandes viagens aéreas entre continentes, aumentando as viagens e fazendo nascer o turismo de massas. Mais tarde existem mais descobertas num turismo mais segmentado, individualizado, apelando à saúde e bem estar, espíritos citadinos, espíritos de aventuras pela natureza.

Somos seres de descoberta, de protelar pelo conhecimento, de ver, experienciar, relaxar, adaptar-nos, de aberturas de espírito e de tolerância pelos outros (pelo menos a maior da humanidade). E tudo isto impulsiona a arte de bem viajar! A arte da preparação sobre qualquer viagem, a arte de economizar, de direcionar as nossas poupanças para destinos com que nos identifiquemos, de ir, de encontrar culturas, estados de espírito, de partilhar, de paz interior. Sendo por isso símbolo do turismo também a paz. O viajar em família, com amigos, sozinho… um crescimento exacerbado que daí advém, que nos faz ser melhores na tolerância, no desenvolvimento pessoal, no desenrascar.

Faz com que recebamos também melhor os nossos, os outros por tudo que experienciamos em cada uma das nossas viagens. Faz acolher, demonstrar o que de melhor há em cada canto do nosso país. Cada um há sua maneira colocando a sua identidade regional em cada lugar. E como o nosso Portugal, embora de dimensões físicas pequenas consegue ter uma grande dimensão no seu diferencial entre cada região, entre gastronomias que correm de norte a sul deste país a absorção de cada tradição proveniente de tradições milenares e seculares.

A arte de bem viajar… a arte de bem voltar e de darmos o valor ao nosso cantinho, do nosso conforto, ao lar. Sabendo que colecionámos memórias e trilhos de vida, que perdurarão para sempre. Serão estas as fotografias de alma que se transformarão em recordações exclusivas e que nos enriquecerão.

A arte do ser…uma fábrica de experiências, de vivências. O acumular de quilómetros geográficos e de estados de alma que nos fazem estar em permanente construção, em constante poesia sobre o nosso desenvolvimento único e individualizado por aquilo que sentirmos ser só nosso. Aquarela de memórias, de vivências, de experiências, de partilhas, de família, de amizades, de percursos, de itinerários, de fotografias… arte, um guião de vida e de recordações para sempre.