A busca de equilíbrio, busca dinâmica e ininterrupta, regida pela consciência interna de cada ser, constitui a base do processo de cura.

Medicina é prática antiga, originária de ritos e magias, realizadas para afastar os desequilíbrios e as doenças do indivíduo e das coletividades humanas, e manter o funcionamento do corpo saudável, qualidade de vida e seu bem estar. Derivada do latim, a palavra medicina quer dizer a arte de curar. Porque será que a medicina moderna insiste em afirmar que não existe cura para determinados diagnósticos? Etimologicamente, a palavra quer dizer saber o melhor caminho para cuidar, para tratar da saúde humana.

Desde as suas origens, médicos eram confundidos com curadores, feiticeiros porque nos primórdios da existência, a ação de curar foi concebida mais como arte do que como ciência, digo, como técnica. A arte da cura nasce da habilidade natural aguçada, para observar e interagir com a natureza, perceber a biologia dos seus reinos, e saber como restabelecer e cuidar da saúde. O elo entre a medicina e a cura precisa ser curado.

A cura não está, portanto, vinculada apenas aos agentes materiais, científicos, dos desequilíbrios e diagnósticos, mas também a quântica, ou seja, a quantização da energia e suas alterações, envolvidas nos processos atômicos e subatômicos, quando submetidos a presença de luz. A cura quântica está sempre em consonância com a natureza, além de ter o poder de restabelecer a saúde, objetiva desenvolver e aumentar o nível de consciência nas nossas células, fortalecendo e qualificando os campos de energias dos corpos humanos. Saber que há sempre um novo patamar para ser alcançado, lhes permitirá abrir-se para a energia da solução, que advém de planos mais sutis da existência. Há circunstâncias, nas quais a cura está disponível por meio de uma medicina mais sutil, e próxima da sua finalidade original. O curador é esse agente, com a capacidade de perceber as diferentes vibrações emanadas das substâncias tanto materiais, quanto dos níveis imateriais do ser.

Porque será que a medicina moderna, insiste em afirmar que não existe cura para determinados diagnósticos? Em qualquer instância, estamos presentes, preparadas para nosso misterioso trabalho. A arte da cura permanece no altar de cada uma de nós, mulheres nômades, imperatrizes das panelas, sacerdotisas do conhecimento, terapeutas integrativas, amantes e profissionais da magia do criar e curar. Integradas à natureza, dirigimos o nosso serviço, à magia original, de serventia humanitária, terapêutica e evolutiva. A cura presente no altar define tudo aquilo que precisamos alterar dentro do nosso cotidiano errôneo, de vícios a padrões repetitivos e prejudiciais à saúde. Sob a égide dos elementos, água, terra, fogo e ar, advêm as terapêuticas, e todos os nossos medicamentos. Por fora ou por dentro, quente ou frio, seja qual for o tratamento, aplicamos cores, condimentos, folhas verdes, flores; aromas, ervas medicinais, argilas, óleos essenciais; sementes, germinados, especiarias; castanhas e frutos, cogumelos e pó de raízes.

Aplicamos máscaras, banhos, luzes, cristais, dança, frequências sonoras; criatividades, instruções espirituais. Quando durante seu processo de cura, gradualmente o ser interno vai amadurecendo, a expansão da consciência acontece, e soa o chamado à essência, nasce então, a necessidade do auto cuidar-se. Quaisquer que sejam os elementos escolhidos, restabelecedores dos desequilíbrios, vamos aprendendo a cuidar de si, a neutralizar nossos temperamentos, mantendo ardente o chamado para o autocuidado. Chegando até aqui, a cura necessária, será feita a serviço do reequilíbrio das coletividades, e retomada da saúde do corpo planeta. E ao misturar as intenções, precisaremos verificar tudo aquilo que não deverá entrar nos nossos corações. Em todas as ocasiões, é no altar que preparamos o alimento, o banho ou o medicamento. Eis que nessa etapa, teremos que alquimiar todo o mal cometido nesta era que se esvaiu. Não podemos atrasar, é dito no altar.

De corpo purificado e alma lavada, nos conduzimos à arte de curar. Assim foi, assim é. Precisamos saber auto curar, acessar a cura que circula por todo corpo vivo e integrado, tanto a natureza material, quanto a natureza espiritual, do seu poder e seus milagres, todos intrínsecos na natureza do ser. Tudo perfeitamente dosado, dentro da criação. O que estás a precisar, para querer saber, como melhor cuidar de você? Onde está no seu altar a arte de curar, aí dentro de si? Ele está vazio ou está sendo pleno? Sua alquimia tem surtido efeitos favoráveis para sua saúde e bem estar? Todas as terapêuticas oriundas da arte da cura, são mecanismos simples, contudo, potentes, de melhoria e auto cuidado, muitas vezes sutis, porém singulares, porque precisam estar em nossos altares.

Neste lugar, dentro ou fora de nós, onde pensamentos, emoções e ações devem ser alterados, nos mantemos firmes na coragem, da vontade de mudar tudo que não vai bem. Decorrente da densidade dos maus tratos, da maldade, da nossa própria humanidade, do afastamento da sabedoria ancestral, vamos adoecendo sem perceber perigoso ciclo vicioso. Ficamos condenados, à deriva e revelia, de sistema capital assassino, bruto, tóxico, opressor, distantes da paz e da saúde, amiúde, estamos quase sempre com medo, transitando em ambiente pandêmico, barulhento, inseguro, contaminado, insalubre, hiper processado, industrial, nada saudável, zero acolhedor.

Carregamos apressados, diagnósticos e receituários, mas bebemos água pesada, comemos alimentos transgênicos com agrotóxicos e somos medicados quase sempre com medicamentos sintéticos. Não será por isso que a cura deixou de existir? Hora da muda dança. A natureza te espera. Entre de pés descalços. Você já sabe o que precisa colocar no altar da cura para ser alterado?