Herman Illig, um autor, historiador e teórico alemão, apresentou em 1991 uma teoria provocativa que desafia a cronologia convencional da história. Sua teoria, conhecida como "Fantomzeit" ou "Tempo Fantasma", sugere que estamos atualmente no ano de 1726, ao invés de 2024. Illig argumenta que um período significativo de tempo, especificamente os anos de 614 a 911 d.C., foi inteiramente fabricado por influência do imperador Otto III, do Papa Silvestre II e do Império Bizantino, com o objetivo de acelerar artificialmente o avanço temporal.

A premissa central de Illig é que certos eventos históricos, especialmente durante os séculos VIII e IX, foram inventados ou exagerados para criar a ilusão de um tempo que não ocorreu. Segundo sua teoria, aproximadamente 297 anos foram adicionados à linha do tempo convencional, resultando em uma distorção temporal que afeta a nossa compreensão da história.

O período em questão coincide com o declínio do Império Romano e o início da Idade Média, uma época historicamente complexa e obscura. Illig sugere que durante esses anos, governantes, historiadores e líderes religiosos conspiraram para manipular os registros históricos, criando uma narrativa que não corresponde à realidade. A razão por trás dessa conspiração temporal, de acordo com Illig, era consolidar o poder político e religioso da Igreja Católica e do Império Bizantino.

A teoria de Illig se baseia em diversas argumentações, entre elas, a suposta falta de evidências arqueológicas para comprovar a existência de certos eventos durante esse período "fabricado". Ele aponta para lacunas nos registros históricos, inconsistências nos calendários medievais e até mesmo para a ausência de certas construções arquitetônicas que seriam esperadas se o tempo convencional estivesse correto. Como por exemplo, o repentino desaparecimento da Tartária dos mapas de um ano para o outro.

Um dos pontos-chave na teoria de Illig é a afirmação de que personagens históricos, como Carlos Magno, não teriam realmente existido ou teriam tido uma presença muito menos significativa do que a história tradicional sugere. Ele argumenta que a ideia de Carlos Magno como um grande líder militar e político foi exagerada para criar uma figura unificadora durante um período de instabilidade política na Europa. Entretanto, é importante notar que a teoria de Illig é altamente controversa e amplamente rejeitada pela maioria dos historiadores e acadêmicos. A cronologia convencional é amplamente respaldada por evidências históricas, arqueológicas e documentais, e a teoria do "Tempo Fantasma" carece de sustentação nesses aspectos.

Historiadores críticos da teoria de Illig argumentam que as evidências apresentadas por ele muitas vezes são interpretadas de maneira seletiva, ignorando uma quantidade substancial de informações que contradizem sua narrativa. Além disso, a ideia de uma conspiração global para alterar a cronologia histórica é considerada altamente improvável, dada a diversidade de fontes históricas e a falta de um motivo claro para tal manipulação.

Em resumo, embora a teoria de Heribert Illig sobre o "Fantomzeit" tenha ganhado certa notoriedade, ela permanece amplamente rejeitada no meio acadêmico devido à falta de evidências substanciais e à contestação fundamental de princípios históricos estabelecidos ao longo de séculos. Enquanto o debate sobre a história continua, a grande maioria dos estudiosos mantém a confiança na cronologia tradicional, descartando a ideia de que vivemos, na verdade, no ano de 1726.

E você? O que pensa sobre isso? Agora neste fim de ano você e sua família irão comemorar o ano de 2025 ou o ano de 1727? Você acredita que os senhores do mundo seriam capazes de tal manipulação somente para avançar o nosso calendário?

Independente da sua crença, um fato é indiscutível: deveríamos utilizar o calendário Maia, também conhecido como calendário Lunar para nosso registro temporal ao invés do calendário Gregoriano. Um calendário que demonstrou estar defasado e com uma contagem extremamente errônea de nossos tempos.