Já se acenderam as iluminações de Natal nas zonas tradicionais e turísticas de Lisboa. A inauguração aconteceu um dia depois do previsto, devido ao mau tempo que dificultou a cerimónia e fez com que fosse adiada para as 17h30 min de dia 1 de dezembro.

Junto à grande árvore de Natal de 30 m de altura, montada na Praça do Comércio, o Exmo. Sr. Presidente da Câmara Municipal fez a contagem decrescente. Ao atingir o último algarismo – sob os sons de admiração e alegria proveniente de milhares pessoas maravilhadas: cidadãos, turistas e afins –, a árvore e todo aquele espaço iluminaram-se bem como toda a Lisboa. A ocorrência foi celebrada com um pequeno fogo de artificio com espetáculo de luzes e depois um concerto musical.

A semelhança do ano passado, Lisboa foi iluminada com recurso a cerca de 2,2 milhões lâmpadas com tecnologia LED, o que equivale a menos 85% em relação à tecnologia de incandescência, e, tendo em conta "medidas de poupança e de eficiência energética", as iluminações terão horário reduzido. Assim, vai ser possível ver as luzes das 17h30 às 23h00 ao Domingo e de segunda a quinta-feira e, por sua vez, entre as 17h30 e as 24h00 às sextas e sábados. No dia de Natal e na noite da passagem de anos as luzes vão estar acesas entre as 17h30 e a 01h00.

Quem caminhar da Praça do Comercio até à Rotunda Marquês de Pombal, pelas avenidas principais ou pelas ruas adjacentes ou pelas travessas e becos mais humildes, terá à sua disposição uma panóplia de luzes e enfeites de várias cores e formatos.

Não faltarão sinos, nem Pais Natais, nem anjos suspensos, estrelas, trenós e renas, flocos de neves, Duendes de Natal, presépios humanos, infraestruturas gigantes completamente iluminadas. Os Armazéns do Chiado, a Rua Augusta, a Praça Luís de Camões, o Rossio, a Rua Garret são apenas alguns exemplos onde podemos contemplar a beleza das iluminações e aquecermos a alma com o espírito festivo.

Também as lojas se arranjaram para a ocasião, umas melhores outras mais humildes, todas elas se decoraram e aguardam, por enquanto, os clientes precavidos a comprar os presentes antes de tempo para não se entalarem em filas. Todos sabemos, no entanto, que por mais precavidos que sejamos, nos dias da festividade, há de sempre faltar qualquer “coisinha” que nos obriga a sair de casa e a aguardar em filas. Mas que nunca nos falte a boa-disposição! Que nunca careça, nesta época e em qualquer outra, esse espírito.

Por toda a Lisboa vão existir vários mercados de Natal, qualquer canto terá um com bastante movimento; sejam pequenos ou grandes, o espírito estará, da mesma forma, presente. No rossio, por exemplo, um modesto comboio elétrico, enfeitado, percorre toda a praça soando a sineta como se anunciasse a chegada do Pai Natal. É nos apresentado todo o tipo de artesanato – incluindo roupa quente da época –, enchidos, queijos e doçarias, trazidos de todos os cantos de Portugal. Nas bancas amontoam-se os pães saloios de presunto barrados com queijo amanteigado, prontos a serem servidos; os queijos artesanais cujo comerciante, com uma faca vai cortando tiras para dar a provar à clientela; e a doçaria tradicional da época.

Para acompanhar vai saber bem uma cerveja, uma ginjinha, um licor ou um vinho quente com especiarias para os que possam sentir ainda o frio entranhado nos ossos.

As luzes vão estar acesas até 6 de janeiro, Dia de Reis. A melhor maneira de as apreciar é agarrar na família ou nos amigos e caminhar; é garantia de uma tarde bem passada e quase certo de encontrar alguém conhecido que antecipadamente lhe deseja um Feliz Natal.

Tocado por todo o espírito natalício, partilho os votos proferida por Tiny Tim de Charles Dickens ao desejar a todos um Feliz Natal e abençoados sejam…todos.