É possível produzir, ser saudável, alegre e realizado! E para que isso aconteça urge a necessidade de se estabelecer respeito, verdade, limites e novos contextos nas relações de trabalho.

Na verdade, quando alguém é convidado a fazer parte de um contexto profissional significa que o querem por perto. Muitas vezes há enganos na escolha, pois essa pessoa pode ser bem diferente da primeira impressão, pode não atender tecnicamente ou no comportamento, ou ainda não ter se identificado com o propósito presente, mas aí fica simples. Agradeça! Seja gentil e se despeça. Ambos seguirão em paz você e o outro. Então por que isso é tão complicado? Horrores são cometidos até que um desfecho transparente e objetivo possa existir. Falta de coragem? Falta crença na sua capacidade de avaliação? Algum acordo envolvido? Equipe pequena? Ou você realmente é um desprovido de compromisso com o que pode ser leve e diferente dessa chatice diária, que se estabelece nas relações corporativas.

O mundo precisa de pessoas bacanas e as organizações também. Pessoas bacanas são sérias, brincam, tornam os ambientes serenos, compartilham, orientam, acolhem diferenças, se resolvem, se responsabilizam, trocam ideias, se comprometem, são generosas e acima de tudo não trabalham na escassez, ou seja, a régua é para o ganha-ganha.

Cuidado! Não perdure situações equivocadas que se arrastam por anos gerando sofrimento, antipatias, ambientes hostis e pessoas absolutamente sabotadoras, infelizes e descrentes.

Os ambientes carecem de luz, de essência, de amor e espiritualidade, pois se estamos destituídos desses sentimentos e conceitos, agimos como elementos amorfos e sem vida real. O trabalho não fala por si só.

O calor do humano, as diferenças, a montanha de problemas que acompanham um profissional, está no pacote comprado junto com sua capacidade de produzir, dar resultado e pertencer. Então, se assim é! Seja feliz no trabalho! Pare de fingir! Fale a verdade, seja objetivo, não rodeie. Se não gostar diga o quê e para quem é devido. Conduza o trabalho e as relações de maneira amistosa, não dificulte para o outro.

Ninguém está na vida para convencer ninguém! Percebem que muitas vezes, o contrário dessa frase é largamente utilizado por gestores, levando a exaustão quem quer vender ou compartilhar um projeto ou ideia. Bons argumentos e repertório rico não se discutem, faz-se inteiramente necessário, mas convencimento é imposição. Desafie-se positivamente na construção de interações mais iluminadas, afinal não aposte num campo minado. Seu grande opositor é você e não o outro. Não projete!

Se não quer passar da relação profissional, não chame para o happy hour e está tudo bem. Não seja íntimo. Seja honesto!

O jogo vai continuar, o ego se fará presente, haverá sempre poder, o mais reconhecido, o mais empolgado, o mais agregador, o tímido, e até o exibido, mas não de acento ao perverso, embora seja um traço presente na sociometria dos grupos. O perverso ri enquanto você chora, pois o alimento é a dor alheia.

As relações de trabalho existem de forma a ratificar uma supremacia de uns sobre os outros, subjugar capacidades, potencializar desconfianças e sustentar uma dialética, entretanto nas relações diárias identificar outras atitudes compactuando com realidades mais inteligentes, criativas e agregadoras continuam impacientes esperando ansiosos por uma rápida estreia.

Os processos escritos são atualizados a todo momento, então as relações entre pessoas fazem parte dessa revisão. Estamos ainda estupidamente perdendo tempo adoecendo a nós mesmos e aos outros, neste breve tempo que nos resta, antes que a inteligência artificial nos cancele sem aviso prévio.

É possível trabalhar e gostar do que se faz, do seu colega de trabalho, lideranças, projetos e empresas. Não tenha vergonha de assumir, se apropriar, e de fazer parte de soluções mais honestas. Convide-se a tréguas permanentes, banquetes sem julgamento, parcerias mais criteriosas. O resto é enredo falso de novela a ser contada por aqueles que trabalham para permanecer apenas no lado sombra.

Nos vemos já! Já!