Nascida e criada em São Paulo, Pâmella Simone construiu uma trajetória marcada pela paixão pela cultura, história e comunicação. Mãe de duas meninas, ela transformou seu amor pelo conhecimento em uma carreira diversificada que já ultrapassa 20 anos no campo do audiovisual e da produção cultural. Desde criança, seu grande sonho era trabalhar com cultura, e seu primeiro amor foi o Museu Paulista, mais conhecido como Museu do Ipiranga, instituição que despertou nela a fascinação pela história e pela memória.
Formada em História pela Universidade Paulista (UNIP) e em processo de conclusão do curso técnico de Guia de Turismo, Pâmella complementou seus estudos com formações em comunicação, design, audiovisual e inteligência artificial. Essa combinação única de conhecimentos permite que ela desenvolva projetos inovadores, unindo passado e presente em narrativas acessíveis e envolventes.
Desde 2015, atua no Museu Catavento, um dos mais visitados de São Paulo, onde gerencia o Estúdio de TV e a seção "Ensinando Robôs", dedicada à Inteligência Artificial. Lá, ela cria mediações culturais, produz roteiros, edita vídeos e forma equipes, sempre com o objetivo de tornar a ciência e a cultura acessíveis a todos. Suas oficinas de audiovisual são especialmente relevantes, mostrando como o cinema e a fotografia podem ser ferramentas poderosas para desmistificar o conhecimento científico.
No Museu Catavento, além das atividades já mencionadas, Pâmella também atuou na documentação de acervos, gestão do Centro de Referência e produção de pesquisas para diversas exposições. Entre 2020 e 2023, integrou o núcleo audiovisual da instituição, onde criou a série "Biografando no Museu", que mensalmente destacava personagens históricos presentes nas exposições.
Além do trabalho no museu, Pâmella atua como produtora executiva do FaveladosPod, um podcast que se tornou referência ao dar voz às narrativas autênticas da Favela do Vidigal, no Rio de Janeiro. O projeto vai além do entretenimento - é uma plataforma de empoderamento que discute empreendedorismo, cultura periférica e identidade, mostrando a favela como espaço de potência criativa e transformação social. Sua atuação no projeto reforça seu compromisso com produções culturais que amplificam vozes tradicionalmente marginalizadas.
Em 2024, ela deu início ao @brasilandooficial, um projeto que visa divulgar ações culturais e produzir conteúdos históricos sobre o eixo Rio-São Paulo, regiões que são foco de suas pesquisas. Com uma linguagem leve e acessível, o projeto inclui vídeos curtos, mapas históricos e colaborações com outros criadores de conteúdo educativo.
Sua produção intelectual inclui pesquisas significativas, como o estudo sobre as influências africanas no Brasil, que resultou na instalação permanente "O Legado do Negro no Brasil" no Museu Catavento. Também integrou a equipe de pesquisa da exposição "Liberdade, Mulher e Ciências" (Museu de Itu, em itinerância) e da mostra "Mulheres na Ciência" no Catavento (atualmente em circulação). Em 2024, participou da exposição "Palácio das Indústrias 100 anos", que celebrou a trajetória desse icônico edifício paulistano, e atualmente está envolvida em uma pesquisa aprofundada sobre a Favela do Vidigal, que dará origem a uma futura exposição sobre sua história e transformações sociais.
Movida pela paixão por leitura, viagens e conhecimento, Pâmella Simone segue explorando novos formatos para contar histórias, sempre com o compromisso de tornar a cultura e a educação acessíveis a todos. Sua trajetória multifacetada - que inclui desde a produção de exposições em museus até a criação de conteúdos para podcasts e redes sociais - mostra que é possível transformar vidas por meio da arte, da memória e da comunicação.
O que impulsiona Pâmella é a certeza de que contar histórias nunca foi apenas sobre o passado, mas sim sobre construir o futuro que sonhamos juntos. Seja através de um vídeo educativo, uma exposição museológica ou um episódio de podcast, ela mantém viva a chama do conhecimento crítico e da valorização da nossa diversidade cultural, transformando a memória em um território vivo, acessível e verdadeiramente transformador.