Meteorium é uma estrutura concebida especialmente para o espaço central do edifício Pina Luz, o Octógono, projetando um panorama tridimensional dividido em oito câmaras, com paredes e pisos pintados em referência a elementos da natureza. A artista Dominique Gonzalez-Foerster convida o público a entrar na instalação e reimaginar o entrelaçamento com o meio ambiente.

No projeto inédito, o público é convidado a percorrer cada uma das oito câmaras da estrutura criada pela artista, compostas por pinturas que evocam elementos específicos da natureza: chuva, neve, lava, nuvens, lama, poeira e pétalas. Gonzalez-Foerster revela como os fenômenos meteorológicos e os elementos da natureza moldam não apenas nossos arredores físicos, mas também nossos universos emocionais e psicológicos.

No segundo andar, Meteorium II é composto por instrumentos musicais, que incluem pau de chuva e máquina de vento, que convidam o público a emitir sons da natureza.

Dominique Gonzalez-Foerster nasceu em 1965, em Estrasburgo, e hoje vive e trabalha entre Paris e o Rio de Janeiro. Estudou na Escola de Belas Artes e na École du Magasin, em Grenoble, antes de frequentar as aulas do Institut des Hautes Études en Arts Plastiques, dirigido por Pontus Hultén. Nos anos 1990, torna-se conhecida com Chambres [Quartos], em que cria ambientes biográficos para discutir questões identitárias. A partir de 1996, passa também a fazer filmes, como Île de beauté e Riyo (1999), nos quais registra momentos fortuitos da vida urbana: conversas, caminhadas, esperas. Pelas características multidisciplinares de seu trabalho, Dominique colabora regularmente com músicos, cineastas, arquitetos e outros artistas conceituais e multimídias. Entre as exposições mais recentes de que participou estão a 27ª Bienal de São Paulo, em 2006; Skulptur Projekte, e chronotopes & dioramas. Em 2010, fez a instalação permanente Desert park [Parque deserto], no Instituto Inhotim, em Minas Gerais.

Dominique Gonzalez-Foerster dedica sua prática artística a projetos experimentais, partindo de uma investigação contínua sobre as formas como habitamos o tempo, o espaço e a memória. A artista se inspira em uma ampla gama de referências – música, literatura, cinema, arquitetura e cultura pop – criando ambientações densamente estratificadas, que transportam os espectadores para dimensões narrativas, temporais e alternativas.