“Aquário Suave Sonora” combina música experimental, com esculturas, instalações, vídeo e performance. Para a sala 1 da Vermelho, o coletivo criou um estúdio de gravação composto por duas cabines e uma grande sala com tratamento acústico.

Criado em 1995 pelos artistas Barrão, Sergio Mekler e Luiz Zerbini, o Chelpa Ferro trabalha com a pesquisa de fontes sonoras acústicas e eletrônicas, por meio da construção de máquinas e mecanismos sonoros não convencionais combinados a instrumentos musicais tradicionais. Seu trabalho utiliza a tecnologia para explorar possibilidades multi-disciplinares de diálogo com o cinema, o vídeo e com a performance.

Para a 25ª Bienal de São Paulo, em 2002, o coletivo criou polêmica com a performance “Auto-Bang”, realizada durante a abertura do evento. Nela, um Maverick ornamentado com signos e referências visuais dos artistas, foi completamente destruído. Posteriormente, partes do carro foram transformadas em esculturas sonoras. O coletivo participou ainda da 8ª Bienal de Havana, em 2003, da 26ª Bienal de São Paulo, em 2004, e da 51ª Bienal de Veneza, em 2005.

As exposições individuais e concertos do Chelpa Ferro possibilitam experiências únicas para o observador. É o caso de “Jungle Jam”, obra comissionada e apresentada em 2006 no FA CT (Foundation for Art and Creative Technology), de Liverpool. “Jungle Jam” é uma instalação composta por trinta motores dispostos em linha horizontal sobre as paredes do espaço expositivo. Cada motor é conectado a um pino, e este a uma sacola plástica. Quando ativados por um sincronizador, os motores fazem girar os pinos e, com eles, as sacolas plásticas, que produzem sons ritmados.

O coletivo já realizou exposições individuais no Museu de Arte da Pampulha, no Museu de Arte Moderna da Bahia (2008), na Pinacoteca do Estado de São Paulo (2009), e no The Aldrich Contemporary Art Museum (2011), EUA. A proposição de um estado de curiosidade e disposição contemplativa para a escuta e discussão das relações entre som e espaço são ideias sobre as quais se apoiam os trabalhos do Chelpa Ferro, sugerindo por meio de procedimentos distintos, um embaralhamento dos sentidos.