Casa Triângulo tem o prazer de apresentar Amanhã, logo à primeira luz, a segunda exposição individual de Ivan Grilo na galeria.

A exposição traz trabalhos inéditos que, no campo do discurso, se situam na ambiguidade entre o relato íntimo e o manifesto político. Ou como diz Tiago de Abreu Pinto que dialoga com o artista e assina a curadoria da exposição: “Estamos falando de política ou de amor? De algo que conecta essas duas coisas.” Ivan traz uma narrativa fantasiosa de um rei em derrocada, que através de uma autocrítica da atuação do artista como etnógrafo, constrói objetos e instalações tecendo sobre a atual crise de empatia (que origina a crise democrática), tendo como cenário não apenas o nacional. “O artista nunca foi amigo do rei”, diz o artista a partir de um recorte de jornal que traz consigo.

Parte dos trabalhos foram idealizados durante o período em que o artista esteve em residência em Nova Iorque, no AnnexB Art Residency, por isso tratam o deslocamento e o entendimento de migração como parte da pesquisa. “Implica num contínuo ato de escuta”, diz. Ivan Grilo [1986, Itatiba, Brasil. Vive e trabalha em Itatiba, Brasil] tem como núcleo central de pesquisa a relevância de arquivos históricos e orais, juntamente com as diferentes possibilidades de leitura sobre um mesmo fato. Tomando como ponto de partida a fotografia principalmente como forma de documentação e registro de tempo, o artista busca dissecar os papéis representativos, políticos, narrativos, conceituais e estéticos da imagem, às vezes questionando ou mesmo reescrevendo de outro ângulo o material original, sutilmente embaçando a memória e a ação do tempo.

Dentre suas principais exposições individuais estão: Escribe una carta de amor, Mana Contemporary + The55project, Miami, 2018; Preciso te contar sobre amanhã, Galeria Luciana Caravello, Rio de Janeiro, 2016; Eu quero ver, Casa Triângulo, São Paulo, 2015; Quando cai o céu, Centro Cultural São Paulo, 2014; Ninguém, Paço das Artes, USP, São Paulo, 2011; além de integrar o Projeto Cofre com Estudo para medir forças, Casa França-Brasil , Rio de Janeiro, 2015.

Dentre as exposições coletivas estão: Quem não luta tá morto - Arte, Democracia e Utopia, curadoria de Moacir dos Anjos no Museu de Arte do Rio; Il coltello nella carne, curadoria de Jacopo Crivelli Visconti e Diego Sileo no Padiglione d’Arte Contemporanea Milano em 2018, além das itinerâncias do Prêmio Marcantonio Vilaça, curadoria de Josué Mattos: Verzuim Braziel (RJ/CE/GO) e também a exposição Lugares do Delírio, no SESC Pompéia, curadoria de Tania Rivera. Em 2017 participou de duas exposições dentro da BIENALSUR - Bienal Internacional de Arte Contemporânea da América do Sul, e no ano anterior da exposição Avenida Paulista, com curadoria de Adriano Pedrosa e Tomás Toledo, no MASP - Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand, além de A cor do Brasil, curadoria de Paulo Herkenhoff e Marcelo Campos, no Museu de Arte do Rio. Já em 2015, foi convidado por Pablo León de la Barra para Tempos Difíceis, na Casa França-Brasil e em 2012 participou da 2nd Ural Biennial of Contemporary Art, com curadoria de Raphael Fonseca, na Rússia.

Recebeu em 2012 o XII Prêmio Funarte Marc Ferrez de Fotografia; em 2013 o PROAC Artes Visuais - Governo do Estado de São Paulo; em 2015 o Prêmio illy sustainArt - SP-Arte; em 2016 o Prêmio Foco Bradesco ArtRio e em 2017 o Prêmio Fundação Marcos Amaro - SP-Arte, além de indicações ao prêmio PIPA - Prêmio Investidor Profissional de Arte. Nos últimos anos participou de residências em Nova Iorque (AnnexB), Maranhão (Chão São Luís), Portugal (Triangle Network) e Itália (Humus Interdisciplinary Residence).