Anos-luz é uma instalação da artista e diretora Bia Lessa que foi criada para a celebração dos 120 anos da Light. Trata-se de uma experiência imersiva e sensorial em que luz, sombra e tempo se entrelaçam para provocar os sentidos.
O título da instalação faz alusão a ano-luz, unidade astronômica que mede a distância percorrida pela luz em um ano. E seu conceito geral aborda o tripé luz, energia e movimento. A obra se desdobra em diferentes espaços, criando experiências entre o ver e não ver. Anos-luz conecta seus espaços e elementos com linhas elásticas que simulam fios da rede elétrica e trazem referências a obras marcantes da arte contemporânea brasileira — como a geometria sutil de Ttéia, de Lygia Pape; as linhas delicadas de Little lights, de Jac Leirner — além de artistas que exploraram luz e sombra como pensamento e linguagem, como os cineastas Serguei Eisenstein e Glauber Rocha e o gravador e ilustrador Oswaldo Goeldi.
São 1.845 m² de área ocupada pela instalação, usando 65 mil metros de elástico, 42 projetores e uma obra inédita do artista plástico, escritor e professor carioca Milton Machado, medindo 18 metros de comprimento e 7 metros de largura. Parte da instalação também ocupa a área externa do museu, no pilotis.
Reconhecida por sua linguagem inovadora e transdisciplinar, Bia Lessa é diretora de teatro, ópera, cinema e exposições e recebeu diversos prêmios ao longo de mais de quatro décadas de carreira. Dirigiu montagens teatrais marcantes como Grande sertão: veredas, Macunaíma, além de ter assinado a direção artística da abertura dos Jogos Pan-Americanos de 2007. Foi responsável pela criação do Pavilhão do Brasil na Exposição Universal de Hannover e de Osaka em 2025, realizou três longas-metragens e inúmeras exposições em museus.













